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Autoridades acusadas de discriminação racial nas fronteiras da Ucrânia

Nas redes sociais, são muitos os relatos de afrodescendentes impedidos de fugir do país.

Autoridades acusadas de discriminação racial nas fronteiras da Ucrânia
Notícias ao Minuto

15:11 - 28/02/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Enquanto países pelo mundo inteiro mostram-se abertos para acolher refugiados ucranianos que fogem da guerra, nas fronteiras a história tem sido diferente para refugiados não-brancos - ucranianos ou estrangeiros.

Nas redes sociais, chegam vários relatos de emigrantes negros e afrodescendentes - estudantes ou trabalhadores - a serem, alegadamente, impedidos de atravessar a fronteira ou embarcar em comboios com destino à Roménia e à Polónia, apenas devido à sua cor de pele.

Em Kiev, muitos acusam as autoridades de negar a entrada em abrigos a pessoas negras e asiáticas.

A Ucrânia é um país que acolhe milhares de estudantes de países africanos, dados os baixos custos educativos - nomeadamente em cursos na área da saúde.

À RTP, citada pela BANTUMEN, uma revista digital que aborda a “atualidade da cultura negra da lusofonia”, uma mãe de um estudante português explicou que o filho está há três dias no posto fronteiriço de Medyka-Shehyni, na fronteira com a Polónia, e apesar de ter nacionalidade portuguesa (e não ser obrigado a ficar para lutar), as forças ucranianas não o deixam sair.

Já na Al Jazeera, um grupo de estudantes nigerianos queixa-se da falta de apoio por parte do governo ucraniano. "Não recebemos qualquer apoio pelas autoridades governamentais A escola apenas nos deu um abrigo quando começaram as sirenes", disse um estudante.

E ao jornal britânico The Independent, outro estudante da Nigéria, explica também que "isto não acontece apenas a pessoas negras - também está a acontecer a indianos, a árabes, e não devia ser assim".

Do lado das autoridades ucranianas, polacas e romenas, não houve até agora nenhuma resposta sobre a alegada discriminação de refugiados nos postos fronteiriços.

Leia Também: ACNUR atualiza balanço de refugiados para quase meio milhão de pessoas

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