O presidente da Suíça, Ignazio Cassis, anunciou, esta segunda-feira, que a Suíça vai adotar as sanções impostas pela União Europeia para penalizar a Rússia pela invasão do território ucraniano, informa a The Associated Press.
Apesar da neutralidade que caracteriza o país em contexto de conflitos internacionais, o presidente suíço deu conta que o "Conselho Federal decidiu aceitar plenamente as sanções da União Europeia, incluindo o congelamento de bens".
"Este é um grande passo para a Suíça", um país que, durante alguns dias, terá hesitado em sancionar a Rússia pelas operações militares levadas a cabo recentemente, apontou ainda o chefe de Estado. Lembre-se, neste âmbito, que a Suíça é um país que não faz parte da União Europeia.
As declarações foram proferidas em conferência de imprensa, na qual Cassis classificou a invasão como sendo "intolerável" e "inaceitável", por motivos tanto morais, como políticos.
Segundo a Agence France-Presse, o ministro da Justiça da Suíça veio, mais tarde, esclarecer que cinco oligarcas que mantêm relações próximas com o presidente russo, Vladimir Putin, vão também ser impedidos de entrar no país.
Os 27 membros do bloco europeu, juntamente com os Estados Unidos, com o Japão e com outros países, aplicaram ao regime de Putin aquelas que são descritas como sendo as mais severas sanções económicas alguma vez aplicadas a qualquer país, na sequência do ataque russo à Ucrânia.
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