Líder da oposição bielorussa assina declaração de apoio à Ucrânia
Tsikhanouskaya concorreu contra Lukashenko nas eleições de 2020, na Bielorrússia.
© Getty Images
Mundo Bielorrússia
A líder da oposição da Bielorrússia, Sviatlana Tsikhanouskaya, publicou, esta terça-feira, no Twitter, uma declaração de apoio à Ucrânia em nome do povo bielorrussa, salientando a ilegitimidade do governo do ditador Alexander Lukashenko.
Tsikhanouskaya acusa o governo bielorrusso de praticar um "crime internacional" com a Rússia e de "violar tanto as normas da legislação bielorrussa como as obrigações legais internacionais, em particular, o Tratado de Amizade de 1995 entre a Bielorrússia e a Ucrânia.
"Declaramos que consideramos a agressão contra a Ucrânia um crime internacional por parte dos regimes russos e bielorrussos, expressamos a nossa sincera solidariedade para com a luta do povo ucraniano e a nossa disponibilidade para usar todos os mecanismos para restaurar a paz, tanto à escala regional como global", disse a opositora e democrata.
On behalf of Belarusians, I & @PavelLatushka signed the declaration to express our support for the people of Ukraine.
— Sviatlana Tsikhanouskaya (@Tsihanouskaya) March 1, 2022
• The aggression against 🇺🇦 is an international crime of the Russian & Belarusian regimes.
• We use all mechanisms to restore peace in the region & beyond. pic.twitter.com/sSoMcDtBVb
A líder das forças democráticas do país, que é o maior aliado da Rússia na invasão na Ucrânia, afirma ainda que Bielorrússia e Ucrânia são "países amigos e fraternos", e a relação deve ser baseada no "respeito pela soberania e inviolabilidade das fronteiras, que estão consagradas nos acordos bilaterais existentes entre os dois países".
Sviatlana Tsikhanouskaya é, para vários observadores eleitorais e para a oposição bielorrussa, a verdadeira vencedora das eleições presidenciais bielorrussas de agosto de 2020.
Segundo o regime, Lukashenko venceu com 80% dos votos e conquistou o seu sexto mandato desde 1994, mantendo o poder que conquistou após a dissolução da União Soviética.
O ditador tem sido um importante apoio para Putin, permitindo que as tropas russas invadam a Ucrânia a partir das fronteiras entre a Bielorrússia e a Ucrânia.
A Bielorrússia aprovou na segunda-feira, através de um referendo não reconhecido pelas autoridades europeias, uma revisão constitucional que termina com a neutralidade nuclear do país e abre as portas à mobilização de armas nucleares russas no seu território.
Já esta terça-feira, as tropas bielorrussas foram mobilizadas pela primeira vez para a Ucrânia para se juntarem à guerra do lado dos russos, segundo avançaram as autoridades russas (apesar de Lukashenko negar qualquer intervenção militar direta).
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