Helicópteros e aviões militares, implantados em Gomel, Baranovichi e Lounints, garantem atualmente a segurança desta fronteira entre as duas ex-repúblicas soviéticas, declarou Lukashenko, durante uma reunião do conselho de segurança da Bielorrússia, segundo a agência de imprensa pública Belta.
Lukashenko defendeu a implantação de "cinco grupos táticos de batalhão para proteger a direção" sul, grupos esses geralmente compostos por centenas de soldados, equipados com veículos blindados e armas de artilharia.
Aliado de Moscovo, Lukashenko, que governa a Bielorrússia desde 1994, garantiu, no entanto, que o país não participará na ofensiva russa na Ucrânia.
Lukashenko também defendeu o envio de forças adicionais para a fronteira com a Polónia, no oeste, para proteger a Bielorrússia de um possível ataque da NATO.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou os recentes ataques russos a diversas zonas centrais de cidades ucranianas com armamento pesado.
"O secretário-geral está muito preocupado com o uso de armamento pesado contra os centros urbanos da Ucrânia", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em Nova Iorque.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitro Kuleba, afirmou que o país receberá armas que permitirão derrotar o agressor russo, numa mensagem de vídeo publicada no Facebook.
"No momento, enquanto falamos, estão a ser enviadas armas para a Ucrânia. Armas de nossos amigos, que nos permitirão defender o nosso Estado e derrotar o agressor e expulsá-lo da nossa terra", disse o chefe da diplomacia ucraniana.
Na segunda-feira, a União Europeia concordou em promover um centro para troca de informações sobre pedidos de ajuda militar da Ucrânia e ofertas de Estados-membros.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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