"Vamos juntar-nos aos nossos aliados (...), isolando ainda mais a Rússia e colocando pressão adicional na economia", disse Joe Biden, no primeiro discurso sobre o Estado da União, o tradicional pronunciamento anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso.
A medida mereceu uma ovação dos congressistas norte-americanos.
Um total de 37 países, incluindo todos os membros da UE, Reino Unido e Canadá, já tinham anunciado encerramento do espaço aéreo a companhias aéreas russas.
Na segunda-feira, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, tinha dito que não ia ser fácil tomar a decisão de encerrar o espaço aéreo dos Estados Unidos, porque isso ia levar a Rússia a tomar uma medida semelhante.
Muitos companhias aéreas norte-americanas operam voos para a Ásia que, até agora, sobrevoavam o espaço aéreo russo, lembrou Psaki.
A Rússia já anunciou que vai restringir os voos de companhias aéreas dos 37 países que encerraram o espaço aéreo a companhias aéreas russas.
Os voos da UE para a Ásia podem demorar mais quatro horas para não sobrevoar o espaço aéreo russo, disse, na terça-feira, fonte comunitária, admitindo custos adicionais para as companhias aéreas europeias.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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