De acordo com uma nota, que não indica hora, a análise da "situação que se vive na Ucrânia" é o único ponto na agenda da reunião de hoje do principal órgão de consulta do ministro da Defesa em matérias relativas à defesa nacional e às Forças Armadas.
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, a secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro e os Chefes do Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas integram o Conselho Superior Militar, presidido pelo ministro da Defesa.
Fonte da Defesa Nacional disse à Lusa que esta reunião se enquadra no acompanhamento permanente da situação vivida na Ucrânia. Quanto à participação dos militares portugueses nas missões previstas, mantém-se sem alterações em relação ao que já tinha sido anunciado.
Portugal vai contribuir com cerca de oito a 10 milhões de euros para o pacote europeu que visa fornecer armas ao exército ucraniano, que combate a invasão russa.
Sobre os 174 militares portugueses que serão enviados para a Roménia no âmbito da NATO, Gomes Cravinho disse na segunda-feira à Lusa que a força está em preparação, uma fase que "naturalmente demorará ainda algumas semanas" até chegar ao terreno.
No domingo, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 deram aval a um pacote de 450 milhões de euros para financiar o fornecimento de armas letais ao exército ucraniano, que luta contra a invasão russa, numa decisão que marca uma viragem histórica na UE.
Para além do apoio financeiro a este mecanismo europeu, Portugal vai enviar também equipamento militar para a Ucrânia, a pedido das autoridades deste país.
Esse apoio material será de natureza letal e não letal, de proteção mas também material ofensivo como granadas, espingardas G3, munições, um conjunto de material desse tipo, também outro tipo de material importante para as forças armadas, como material de comunicação, óculos de visão noturna.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
[Notícia atualizada às 12h34]
Leia Também: AO MINUTO: Russos em Kharkiv; Europa "à beira de desastre nuclear"