Trabalhadores de Chernobyl estão exaustos e sob "pressão psicológica"
A central nuclear de Chernobyl tem vindo a ser desativada desde o acidente de 1986, mas permanecem quantidades significativas de material nuclear em várias instalações.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
A Agência Internacional de Energia Atómica disse, esta quinta-feira, que os trabalhadores de Chernobyl estão “sob pressão psicológica” e “exaustão moral”.
Em comunicado, o diretor geral da organização, Mariano Grossi, aconselhou a que as forças russas deixem os funcionários ter direito ao descanso "para que o seu trabalho crucial possa ser realizado em segurança."
O pessoal operacional em todas as instalações nucleares da Ucrânia deve ter a capacidade de tomar decisões sem pressões indevidas, acrescentou a declaração do Conselho de Administração.
Mariano Grossi indicou que a Ucrânia perdeu o controlo da central nuclear e que a organização está agora a tentar “restabelecer a regulação legal” que certifique a “segurança de instalações nucleares”.
O diretor-geral disse no início desta semana que estava a realizar consultas a fim de responder a um pedido da Inspeção Nacional de Regulamentação Nuclear da Ucrânia (SNRIU) de assistência imediata para garantir a segurança da central nuclear de Chernobyl e de outras instalações nucleares na Ucrânia.
Grossi salientou repetidamente que qualquer ação militar ou outra que possa ameaçar a segurança ou a proteção das centrais nucleares da Ucrânia deve ser evitada. Mariano Grossi avisou ainda que “qualquer acidente que resulte do conflito militar pode ter consequências extremamente sérias para as pessoas e para o ambiente na Ucrânia e no estrangeiro”.
A central nuclear de Chernobyl tem vindo a ser desativada desde o acidente de 1986 mas permanecem quantidades significativas de material nuclear em várias instalações do local sob a forma de combustível irradiado e outros resíduos radioativos.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já causaram mais de um milhão de refugiados, que fugiram para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
Leia Também: Para Trump, Putin passou de "génio" a autor de um "holocausto" na Ucrânia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com