ONU. Conselho de Segurança reúne-se para discutir ataque a central nuclear

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se ainda hoje de urgência, a pedido do Reino Unido, para discutir as consequências dos bombardeamentos russos contra a maior central nuclear da Ucrânia.

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Lusa
04/03/2022 14:47 ‧ 04/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

A sessão pública -- também apoiada pelos Estados Unidos, França, Noruega, Irlanda e Albânia - foi convocada a pedido do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

No início da manhã de hoje, não havia ainda qualquer indicação sobre se haverá uma resolução para aprovação no final da reunião.

A Rússia, como membro permanente do órgão, tem direito de veto em todas as decisões do Conselho de Segurança que não digam respeito a procedimentos.

Nas últimas horas, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu à Rússia para que cesse as atividades militares na área da central nuclear de Zaporizhzhia.

Localizada no sul da Ucrânia, Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa, foi atingida na noite de quinta-feira para hoje por ataques de artilharia russa e prédios anexos foram afetados por um incêndio.

Hoje de manhã, o exército russo ocupou a central e as autoridades ucranianas disseram que o incêndio, que deflagrou num laboratório, foi extinto, não havendo sinais de fugas de radioatividade.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Relatora especial da ONU denuncia "ameaças racistas" na fronteira

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