Turquia propõe reunião russo-ucraniana em Antalya na próxima semana
A Turquia propôs uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano até ao final da próxima semana no Fórum Diplomático de Antalya, no sul do país, anunciou hoje o chefe da diplomacia turco, Mevlüt Çavusoglu.
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Mundo Ucrânia/Rússia
"Se as circunstâncias permitirem e houver um cessar-fogo, queremos reunir os ucranianos com [Serguei] Lavrov -- um encontro, no mínimo, ao nível ministerial", disse Çavusoglu num vídeo divulgado pela agência turca Anadolu.
Em declarações à imprensa turca, após participar numa reunião extraordinária da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) em Bruxelas, o MNE turco recordou que já antes da invasão russa à Ucrânia se tinha planeado reunir Lavrov e o seu homólogo ucraniano, Dmitro Kuleba, no Fórum de Antalya, que decorrerá entre 11 e 13 de março.
O ministro turco admitiu ignorar se, na atual situação de guerra, os representantes ucraniano poderão deslocar-se, mas sublinhou que Lavrov voltou a confirmar na quinta-feira, numa mensagem, que irá a Antalya.
Até agora, nem Kuleba nem Lavrov figuram na lista de participantes disponível na página da internet daquele Fórum Diplomático, um encontro internacional que se realiza pela segunda vez, com 168 convidados, entre os quais dezenas de ministros e o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Josep Borrell.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já fizeram mais de um milhão de refugiados na Polónia, na Hungria, na Moldova e na Roménia, entre outros países.
O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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