Ucrânia. UE admite novo pacote de sanções financeiras "nos próximos dias"

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) disse hoje estarem a ser estudadas novas sanções financeiras contra a Rússia, que podem ser aplicadas "nos próximos dias" e abranger o corte de mais bancos russos do Swift.

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Lusa
04/03/2022 18:55 ‧ 04/03/2022 por Lusa

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Ucrânia/Rússia

"Estamos a considerar um novo pacote de sanções que pode ser decidido nos próximos dias. Por exemplo, podemos aumentar o número de bancos de bancos russos que retirámos do Swift, mas ainda não tomámos qualquer decisão específica, só enviámos para os organismos técnicos esta proposta de estudar mais bancos", declarou Josep Borrell.

O Swift é o sistema internacional de comunicação utilizado pelos bancos para realizar transações de um país para outro.

Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, após uma reunião extraordinária dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros para discutir a guerra em curso na Ucrânia, ao nono dia da ofensiva militar russa, o chefe da diplomacia europeia apontou que a UE pode também "ir mais fundo nas sanções financeiras".

Ainda assim, nestas declarações à imprensa no final do quinto Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no espaço de pouco mais de uma semana, Josep Borrell realçou "as consequências do que já foi decidido" em termos de sanções contra a Rússia, devido à invasão da Ucrânia.

"Antes de pensarmos num pacote novo, o importante é a implementação do pacote de ontem", vincou Josep Borrell.

A posição surge numa altura em que entraram em vigor pesadas sanções da UE à Rússia, como o congelamento de ativos financeiros do regime russo, incluindo do Presidente, Vladimir Putin, a proibição de vários bancos russos de usarem o Swift, a imposição de limites às exportações de certas matérias-primas, o corte da conceção de vistos e ainda o encerramento do espaço aéreo europeu a aeronaves russas.

"O objetivo é enfraquecer a economia russa para fazer a economia russa sentir o peso das consequências e, assim, aumentar a força e a posição dos ucranianos nas negociações comuns", adiantou Josep Borrell.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

Leia Também: Suíça segue a União Europeia e aumenta sanções contra a Rússia

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