CNN e Bloomberg News deixam de transmitir na Rússia

As estações televisivas seguem o exemplo da BBC. O parlamento russo aprovou, esta sexta-feira, uma iniciativa legislativa que pune quem espalhar “informações falsas” sobre o exército do país.

Notícia

© iStock

Márcia Guímaro Rodrigues
04/03/2022 22:55 ‧ 04/03/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

A CNN e a Bloomberg News anunciaram, esta sexta-feira, que irão deixar de transmitir na Rússia. A decisão foi motivada pela aprovação de uma iniciativa legislativa que pretende punir quem espalhar informações “falsas” sobre o exército do país. Segundo o documento, será o Kremlin a decidir quais são as notícias verdadeiras ou falsas. 

Em comunicado, um porta-voz da CNN afirmou que a transmissão a partir da Rússia será interrompida enquanto a empresa “avalia a situação e os próximos passos a dar”. 

Já o editor-chefe da Bloomberg News, John Micklethwait, afirmou que “é com grande pesar” que a empresa “decidiu suspender temporariamente a cobertura na Rússia”.

“A mudança no código penal, que parece destinada a transformar qualquer repórter independente num criminoso puramente por associação, torna impossível continuar qualquer aparência de jornalismo normal dentro do país”, disse, citado pela Sky News. 

As estações televisivas seguem o exemplo da britânica BBC, que esta sexta-feira anunciou que irá “suspender temporariamente” o trabalho de todos os seus jornalistas na Rússia, enquanto “avalia todas as implicações” da nova lei.

Segundo um comunicado do Kremlin, a nova lei condena com multas ou pena de prisão de até três anos quem, intencionalmente, propagar informações “falsas” sobre a atuação das forças armadas. No caso de se tratar de um grupo organizado esta pena pode ir até aos 10 anos, e caso haja agravante, esta pena pode ir até aos 15 anos de prisão.

Este é o nono dia desde a invasão da Ucrânia por ofensivas russas. Segundo os últimos dados, mais de dois mil civis ucranianos morreram desde então e mais de um milhão de pessoas abandonaram o país, metade das quais são crianças. 

Leia Também: AO MINUTO: Russos capturam segunda cidade; Facebook e Twitter bloqueados

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas