Mil pessoas juntaram-se em Belgrado para manifestar apoio à invasão russa
Cerca de mil pessoas concentraram-se hoje no centro de Belgrado numa manifestação de apoio às forças militares russas, que iniciaram uma invasão à Ucrânia em 24 de fevereiro, evento convocado por grupos de extrema-direita.
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Mundo Ucrânia/Rússia
Segundo a estação de televisão N1, citada pela agência EFE, os manifestantes entoaram palavras de ordem como "Rússia, Rússia" e "Sérvios e russos, irmãos para sempre", enquanto hasteavam bandeiras russas e sérvias e outras com emblemas de extrema-direita.
Alguns dos participantes tinham faixas com o símbolo 'Z', uma das insígnias das forças militares russas usadas na invasão da Ucrânia.
Durante a manifestação, os apoiantes de Moscovo acusaram o Presidente sérvio Aleksandar Vucic de ter "traído" a Sérvia ao apoiar a resolução das Nações Unidas, que condena a invasão russa da Ucrânia.
Os manifestantes rejeitaram ainda a aspiração do país a juntar-se à União Europeia (UE).
Esta manifestação, que decorreu junto ao monumento do último czar russo Nicolau II e ao edifício da presidência sérvia e seguiu depois para a embaixada da Rússia, foi organizada pelo grupo "Patrulhas do Povo", conhecido por ter posições anti-imigrantes.
Segundo este grupo, muitos mais manifestantes sairão à rua caso a Sérvia imponha sanções económicas à Rússia, como fizeram muitos países ocidentais.
Um dos organizadores, Mladen Obradovic, destacou que "a Rússia liberta o mundo inteiro das ameaças da NATO" e que o Presidente russo Vladimir Putin "mostrou quem é o estadista mais forte e corajoso do mundo".
A organização manifestou apoio a Moscovo na sua "luta justa contra globalistas e colonizadores".
Nos últimos dias, quer em Belgrado, quer em outras cidades sérvias, decorreram inúmeras manifestações de apoio à Ucrânia, embora com pouca participação.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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