O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que acompanha com "grande preocupação" os combates junto à central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, atingida por ataques de artilharia russa e onde deflagrou um incêndio.
"Tenho acompanhado com grande preocupação os dados sobre fortes combates na zona da central nuclear de Zaporizhzhia", referiu o diplomata português na sua página na rede social Twitter.
"Quero deixar bem claro que as instalações nucleares nunca devem ser alvo de operações militares", acrescentou o responsável das Nações Unidas.
Localizada no sul da Ucrânia, Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa, foi atingida na noite de quinta-feira para hoje por ataques de artilharia russa e prédios anexos foram afetados por um incêndio.
Hoje de manhã, o exército russo ocupou a central e as autoridades ucranianas disseram que o incêndio, que deflagrou num laboratório, foi extinto, não havendo sinais de fugas de radioatividade.
O regulador nuclear estatal da Ucrânia garantiu que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados e que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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