Marioupol, cidade com cerca de 450 mil habitantes junto ao mar de Azov, está "sob bloqueio" e é, há cinco dias, alvo de "ataques impiedosos", escreveu Vadim Boitchenko na plataforma Telegram.
"A nossa prioridade é conseguir um cessar-fogo para que possamos restabelecer as infraestruturas vitais e criar um corredor humanitário para fazer chegar alimentos e medicamentos à cidade", acrescentou.
O controlo de Mariupol é estratégico para a Rússia, uma vez que permitiria garantir uma continuidade territorial entre as forças vindas da Crimeia e as que chegam dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass.
As forças russas ocupam desde sexta-feira a central nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, onde bombardeamentos de artilharia, de acordo com o lado ucraniano, causaram um incêndio, sobre o qual Moscovo negou ter responsabilidade.
Este ataque contra a maior central nuclear da Europa, com seis reatores, chocou a comunidade internacional por constituir, nas palavras proferidas na sexta-feira pela embaixadora dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU, Linda Thomas-Greenfield, "uma imensa ameaça para toda a Europa e para o mundo".
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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