Número de brasileiros deportados dos EUA sobe 16% para 1.859 em 2024

Os Estados Unidos deportaram 1.859 cidadãos brasileiro em 2024, um aumento de 15,68% em relação a 2023, segundo o relatório anual dos serviços de imigração e alfândegas norte-americano.

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Lusa
22/01/2025 18:44 ‧ há 3 horas por Lusa

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Os Serviços de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla inglesa) são responsáveis pelas operações de detenção e deportação de estrangeiros considerados prejudicais à segurança das comunidades norte-americanas ou que violam as leis da imigração e asseguram investigações ligadas à segurança nacional.

 

De acordo com os dados norte-americanos, em 2019 foram deportados 1.770 brasileiros, aumentando para 1.902 em 2020 e 1.935 em 2021, um número que diminuiu para 1.767 em 2022, e 1.607 em 2023, voltando agora a aumentar em 2024 para 1.859.

Em 2024 foram deportados 271.484 estrangeiros para 192 países diferentes, incluindo 88.763 que tinham acusações ou condenações por atividades criminosas, 3.706 membros de gangues conhecidos ou suspeitos, 237 terroristas conhecidos ou suspeitos, e oito violadores dos direitos humanos, refere-se no relatório consultado pela Lusa.

Mais de 30% das pessoas expulsas tinham antecedentes criminais, com uma média de 5,63 condenações e/ou acusações por indivíduo, e muitos dos seus antecedentes criminais eram "extremamente graves", tendo sido identificados e detidos indivíduos que eram procurados nos seus países de origem por atividades terroristas e participação em atos de tortura.

Foram também efetuadas 113.431 detenções administrativas, incluindo 33.243 detenções em flagrante, e 32.608 detenções criminais e apreendidas mais de 725 toneladas de estupefacientes, mais de 886 milhões de dólares em moeda (850 milhões de euros) e outros bens derivados de atividades criminosas e aproximadamente 192 milhões de dólares em moeda virtual (184 milhões de euros). Foram também identificadas e/ou recuperadas 1.783 crianças vítimas de exploração.

O relatório destaca também os "intensos esforços diplomáticos" que resultaram num aumento do número de voos fretados para países do Hemisfério Oriental, incluindo o primeiro grande voo 'charter' de deportação para a República Popular da China desde 2018, bem como os que tiveram escala na Albânia, Angola, Egito, Geórgia, Gana, Guiné, Índia, Mauritânia, Roménia, Senegal, Tajiquistão e Uzbequistão.

A questão do repatriamento de estrangeiros pelos Estados Unidos voltou a estar na ordem do dia após o recém empossado Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a sua intenção de deportar imigrantes ilegais.

Leia Também: Aumento de deportados dos EUA? Açores querem grupo de trabalho

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