Putin acusa Kyiv de impedir corredores humanitários em Mariupol
O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje as autoridades ucranianas de frustrar as operações de evacuação humanitária de Mariupol, durante uma conversa telefónica com seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
© Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS
Mundo Ucrânia
Durante a conversa, Putin "chamou a atenção para o facto de que Kyiv continua a não respeitar os acordos alcançados sobre as questões humanitárias", acrescentando que "nacionalistas ucranianos impediram a evacuação" de Mariupol e Volnovaja, de acordo com o relato feito por Moscovo.
No sábado, Moscovo e Kyiv anunciaram ter chegado a um acordo de cessar-fogo temporário, para permitir o estabelecimento de corredores humanitários e a evacuação daquelas duas cidades cercadas por forças russas, antes de se acusarem mutuamente de terem quebrado o pacto.
Na conversa com Macron, Putin acusou as forças ucranianas de terem "usado a pausa nas hostilidades para fortalecer as suas capacidades" em Mariupol e em Volnovaja.
Uma nova tentativa, hoje, de evacuar Mariupol, cidade de 450 mil habitantes, também foi "interrompida", de acordo com as autoridades ucranianas.
Outro tema abordado pelo Macron e Putin na sua conversa telefónica, de acordo com o Kremlin, foi a preocupação internacional com a segurança das instalações nucleares na Ucrânia, depois de combates nos arredores das centrais atómicas de Chernobyl e de Zaporizhzhia.
Putin acusou "ucranianos radicalizados" e "sabotadores" de estarem por trás dos incidentes em Zaporizhzhia, acrescentando que "as tentativas de culpar a Rússia são parte de uma campanha de propaganda cínica".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kyiv, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com as Nações Unidas.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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