Novas sanções contra oligarcas que "lucraram com Putin" na mira do G7
As novas sanções do G7, o grupo das sete maiores economias mundiais, contra a Rússia pela invasão da Ucrânia devem sobretudo "atingir os oligarcas", que "lucraram com Putin", disse hoje o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner.
© Lusa
Mundo G7
"Trabalhamos noutras sanções", disse à televisão pública ARD, questionado sobre a ação do G7, atualmente presidido pela Alemanha, acrescentando que se pretende que essas medidas afetem particularmente os oligarcas.
"Aqueles que lucraram com [o Presidente russo, Vladimir] Putin e que roubaram a riqueza do povo russo, sobretudo através da corrupção, não podem lucrar com a sua riqueza nas nossas democracias ocidentais", acrescentou.
Os países do G7 anunciaram na sexta-feira em comunicado a sua intenção de impor "novas sanções severas" contra Moscovo, "em resposta à agressão russa" contra a Ucrânia.
Moscovo está já a lidar com medidas duras que visam sobretudo isolar o país do sistema financeiro internacional.
Na quinta-feira, os Estados Unidos da América (EUA) e o Reino Unido inscreveram nas suas listas negras novos oligarcas próximos do Kremlin (presidência russa) já visados pela União Europeia.
Um dos atos mais visíveis das sanções contra a elite russa foi a apreensão na quinta-feira, no sul de França, de um grande iate, propriedade de uma sociedade ligada ao chefe do gigante petrolífero Rosneft.
Vladimir Putin afirmou no sábado que as sanções impostas ao seu país se assemelham a "uma declaração de guerra", mesmo que "ainda não se tenha chegado aí".
Questionado sobre a hipótese de um conflito nuclear entre a Rússia e alguns países ocidentais, Lindner garantiu que "o Governo federal alemão faz todo o possível para evitar esse cenário horrível e assustador".
O G7 é composto por EUA, Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália e Reino Unido, contando ainda com a representação da União Europeia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com as Nações Unidas.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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