Os fundos podem ser usados para pagar salários do setor público, permitir que departamentos essenciais do Estado continuem a funcionar e fazer face a despesas de segurança social e pensões, indicou o gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, num comunicado.
O Governo britânico precisou que a disponibilização da verba será feita através do Banco Mundial.
O Reino Unido fez este anúncio antes da visita hoje a Londres dos primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau, e dos Países Baixos, Mark Rutte.
Johnson debaterá com eles como "continuar a liderar a resposta internacional" à guerra na Ucrânia, primeiro em duas reuniões bilaterais e, em seguida, num encontro trilateral, indicou o seu porta-voz oficial.
Os responsáveis visitarão uma base da Royal Air Force do Reino Unido (RAF) e darão uma conferência de imprensa conjunta em Downing Street.
"Desde que começou o brutal e ilegal ataque da Rússia, temos visto como o mundo se solidarizou com o indómito povo da Ucrânia", disse Johnson no comunicado.
"O Reino Unido está preparado para ajudar aqueles que mais necessitam, fornecendo bens essenciais e ajuda médica", acrescentou o chefe do executivo britânico.
Só o Presidente russo, Vladimir Putin, "pode acabar por completo com o sofrimento na Ucrânia", frisou Boris Johnson, mas "o novo financiamento continuará a ajudar aqueles que se confrontam com uma situação humanitária degradada", sustentou.
As verbas anunciadas somam-se aos 220 milhões de libras (266 milhões de euros) que o Reino Unido já forneceu a Kiev.
Downing Street sublinhou também que o Governo britânico alistou 22.000 soldados ucranianos nos últimos anos e enviou 2.000 mísseis antitanques para o país, entre outras medidas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques causaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e financeiras a Moscovo.
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