Dinamarca suspende envio de avião militar para Mali. Vai para a NATO
A Dinamarca anunciou hoje que não vai enviar um avião de transporte militar para a missão da ONU no Mali, alegando que precisa dele para a NATO, face às tensões com a Rússia.
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Mundo NATO
"Estamos a manter o nosso C130 - ou seja, o avião de transporte Hércules - em casa para que possa estar pronto a responder a qualquer pedido da NATO", a Organização do Tratado do Atlântico Norte, disse o ministro da Defesa dinamarquês, Morten Bødskov, numa conferência de imprensa.
O avião de transporte estava inicialmente programado para se juntar à Missão da ONU no Mali, de maio a novembro. O Governo dinamarquês anunciou um adiamento, mas não especificou quando é que seria destacado.
Copenhaga foi forçada a retirar as suas forças especiais do país do Sahel no final de janeiro, após a junta de Bamako ter subitamente decidido que já não eram bem-vindas.
O país escandinavo anunciou no mês passado a suspensão de parte da sua ajuda ao desenvolvimento ao Estado do Mali, devido ao insuficiente empenho da junta em organizar eleições.
Após a anunciada retirada da França e dos seus parceiros europeus do Mali, o futuro da Missão da ONU no Mali ficou em causa e a ONU está atualmente a estudar o impacto desta desvinculação.
A Suécia anunciou na semana passada que a sua contribuição para a força da ONU, de 220 soldados, deixaria o Mali um ano antes do previsto.
A Missão das Nações Unidas no Mali (UNMIS), com 13.000 efetivos, foi estabelecida em 2013 para apoiar o processo político no Mali.
A Dinamarca tem estado envolvida desde 2014 e já por três vezes forneceu à missão um avião de transporte, a última das quais em 2019.
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