Ucrânia. Pacote de ajuda dos EUA aumenta para 14 mil milhões de dólares

O pacote de ajuda militar, humanitária e económica dos Estados Unidos para a Ucrânia e países do leste europeu cresceu na terça-feira para os 14 mil milhões de dólares, numa demonstração de apoio bipartidária por parte do Congresso norte-americano.

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Lusa
09/03/2022 06:01 ‧ 09/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Democratas e republicanos têm demonstrado um sólido apoio à Ucrânia, invadida pela Rússia desde 24 de fevereiro, conflito que tem provocado devastação em partes do país e a pior crise de refugiados da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

O pacote de ajuda militar, humanitária e económica para aquela região cresceu agora para perto de 14 mil milhões de dólares (cerca de 12,8 mil milhões de euros), acima dos 12 mil milhões divulgados na segunda-feira e do pedido de 10 mil milhões feito pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, na semana passada.

"Vamos apoiá-los contra a tirania, a opressão e os atos violentos de subjugação", garantiu Biden na Casa Branca.

O entendimento bipartidário em relação ao pacote de ajuda à Ucrânia é uma manifestação da vontade do Congresso em ajudar aquele país, mas os partidos também chocaram em relação à crise ucraniana, noticiou a agência Associated Press (AP).

Os republicanos acusaram Biden de se mover muito devagar para ajudar a Ucrânia e as nações da NATO que o auxiliam a impor sanções contra a Rússia e o seu Presidente, Vladimir Putin.

Os democratas defendem que é preciso tempo para trazer [para as sanções] aliados europeus que dependem fortemente das fontes de energia russas.

Até agora, os congressistas ainda não divulgaram o projeto de lei geral, no valor de 1,5 triliões de dólares, que financiará as agências federais este ano e inclui a ajuda à Ucrânia.

Mas os detalhes do projeto de lei estão a começar a surgir e a sua aprovação, provavelmente nos próximos dias, não está em dúvida.

Mas houve também outras motivações para o Congresso aprovar o projeto de lei geral, pois um chumbo levaria a uma paralisação das agências federais em ano eleitoral, algo que não desejam.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Primeira-dama condena Putin e "assassinato em massa de civis"

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