Segundo uma declaração conjunta do Conselho Euro-Ártico de Barents, atualmente presidido pela Finlândia, "à luz da flagrante violação pela Rússia do direito internacional, da violação do multilateralismo baseado em regras e dos princípios e objetivos" daquela organização, os signatários consideram não ter "outra escolha" que não seja "suspender as atividades que envolvem a Rússia na cooperação" no Mar de Barents.
O Conselho foi constituído com base na declaração de Kirkenes, de 1993, instituindo que a cooperação na região "contribuirá substancialmente para a estabilidade, o progresso, a paz internacional e a segurança na área e na Europa como um todo, onde a parceria substitui agora as confrontações e as divisões do passado".
A declaração é subscrita pela Finlândia, Dinamarca, Islândia, Noruega, Suécia e UE.
A região de Barents é constituída pelas partes mais setentrionais da Noruega, Suécia, Finlândia e Noroeste da Rússia, tendo mais de cinco milhões de habitantes, incluindo vários povos indígenas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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