Segundo a agência AFP, de acordo com um representante eleito pela comuna, localizada perto da cidade de Diffa, os atacantes "vieram a pé" e atacaram várias aldeias.
"Seis pessoas foram mortas na aldeia de Fiego, duas em Ngarwa-Lawandi e outras duas em Ngarwa-Koura. As vítimas são homens e foram mortos por armas de fogo", detalhou a fonte.
O número total de vítimas poderá ainda aumentar porque algumas fontes dizem que a aldeia de Lada, localizada na comuna de Diffa, também terá sido atacada.
"Os atacantes começaram a matar em Lada depois das 20:00 [19:00 em Lisboa]. Depois de Lada, chegaram a Fiego à meia-noite e daí continuaram para Ngarwa Lawandi e depois seguiram para Ngarwa Koura", precisou o representante eleito.
Maman Kaka Touda, dirigente da organização não-governamental Alternative Espace Citoyen, uma das maiores do Níger e com atividade em vários locais da região de Diffa, escreveu na rede social Twitter que o total de mortos poderá ser de pelo menos 20.
"Vinte pessoas foram assassinadas" nesses ataques atribuídos ao Boko Haram, incluindo "dez em Lada", escreveu no Twitter.
Em declarações à AFP, Kaka Touda disse que os ataques ocorreram "depois de um longo período de calma. Agora a insegurança regressou à região".
O governo nigerino ainda não confirmou oficialmente os ataques.
A zona de Gueskérou e toda a região de Diffa são palco desde 2015 de ataques mortais dos 'jihadistas' nigerianos do Boko Haram e do grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap, na sigla em inglês), o seu ramo dissidente.
No final de fevereiro, o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, saudou "a melhoria da segurança" em Diffa e anunciou que tencionava deslocar-se em breve a essa região.
Bazoum anunciou também o recrutamento de 500 soldados e o treino de mais 500 para serem colocados nas aldeias da região.
Na sua parte ocidental, perto do Mali e Burkina Faso, o Níger também tem de fazer face a ataques de movimentos 'jihadistas' do Sahel, incluindo o grupo Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).
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