Trata-se de um "primeiro conjunto de medidas" destinadas a "ajudar as pessoas, empresas e países afetados pela guerra na Ucrânia", anunciou o BERD, com sede em Londres, num comunicado de imprensa.
O financiamento será disponibilizado rapidamente para apoiar as empresas ucranianas, graças, em particular, a empréstimos ou apoio à liquidez.
"Sempre que possível, as empresas serão ajudadas a mudarem-se para permitir que continuem com as suas atividades", acrescentou
O banco também promete ajuda aos países diretamente afetados pelo fluxo de refugiados ucranianos, principalmente através de compras de emergência de energia para compensar as reduções nas importações da Rússia e da Bielorrússia.
O âmbito da intervenção "poderá também ser alargado a outros países com dificuldades particulares em termos de segurança energética", indica o BERD.
Perante "uma crise sem precedentes" as equipas do banco "já estão a trabalhar no terreno para implementar estas medidas", disse a presidente da entidade, Odile Renaud-Basso, citada no mesmo comunicado.
O banco também prometeu "fazer tudo o que puder para ajudar a reconstruir o país, quando as condições o permitirem".
O conselho de administração pediu aos governadores do BERD na semana passada que suspendessem por tempo indeterminado o acesso da Rússia e da Bielorrússia ao financiamento e à experiência da instituição, tendo sido dado um prazo de 30 dias para emitir uma decisão sobre o assunto.
O BERD foi fundado após a queda do Muro de Berlim para promover a conversão dos países do antigo bloco soviético para uma economia de mercado.
Desde então, expandiu as missões de financiamento para os países nas margens do Mar Mediterrâneo.
O banco, que opera em 38 países, pertence a 71 Estados e a duas organizações internacionais, a União Europeia (UE) e o Banco Europeu de Investimento (BEI).
A Ucrânia é um dos principais países onde o BERD opera, tendo concedido empréstimos de mais de 16.000 milhões de euros em 511 projetos, incluindo mais de 1.000 milhões em 2021.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 14.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças.
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