"Tragédia" na Ucrânia abalou segurança global , diz Guterres

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou hoje, na Conferência de Istambul, que a paz e segurança foram "abaladas profundamente pela tragédia" na Ucrânia e apelou ao "silenciar das armas e fim da matança" a nível global.

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Lusa
10/03/2022 12:49 ‧ 10/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Nas últimas semanas, alguns dos nossos pressupostos fundamentais sobre a arquitetura de paz e segurança internacionais foram abalados profundamente pela tragédia que se desenrola na Ucrânia. Da Ucrânia à Etiópia, da Síria a Myanmar e Iémen, o insuportável sofrimento causado pela violência armada obriga-nos a fazer tudo o que pudermos para silenciar as armas e parar a matança", disse Guterres.

Numa declaração virtual divulgada na 8.ª Conferência de Mediação de Istambul, o secretário-geral das Nações Unidas afirmou ainda que divisões geopolíticas e a regionalização e fragmentação dos conflitos estão a dificultar os esforços para encontrar a paz.

Organizadas desde 2012, as Conferências de Mediação de Istambul reúnem líderes políticos, diplomatas, profissionais, especialistas, académicos e estudantes interessados na mediação da paz.

Na sua intervenção, Guterres salientou ainda que ??????"a crise climática está a exacerbar falhas e vulnerabilidades, alimentando o ciclo da violência e da escalada das crises humanitárias" e alertou para "domínios emergentes de conflito potencial, como o uso malicioso de ciberespaço". 

"O sucesso na mediação depende do apoio internacional e da unidade política. Neste momento crítico, vamos unir-nos politicamente em apoio à resolução pacífica de conflitos em todos os lugares", concluiu Guterres.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,2 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Número de refugiados ucranianos sobe para 2,3 milhões

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