"Tragédia" na Ucrânia abalou segurança global , diz Guterres
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou hoje, na Conferência de Istambul, que a paz e segurança foram "abaladas profundamente pela tragédia" na Ucrânia e apelou ao "silenciar das armas e fim da matança" a nível global.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
"Nas últimas semanas, alguns dos nossos pressupostos fundamentais sobre a arquitetura de paz e segurança internacionais foram abalados profundamente pela tragédia que se desenrola na Ucrânia. Da Ucrânia à Etiópia, da Síria a Myanmar e Iémen, o insuportável sofrimento causado pela violência armada obriga-nos a fazer tudo o que pudermos para silenciar as armas e parar a matança", disse Guterres.
Numa declaração virtual divulgada na 8.ª Conferência de Mediação de Istambul, o secretário-geral das Nações Unidas afirmou ainda que divisões geopolíticas e a regionalização e fragmentação dos conflitos estão a dificultar os esforços para encontrar a paz.
Organizadas desde 2012, as Conferências de Mediação de Istambul reúnem líderes políticos, diplomatas, profissionais, especialistas, académicos e estudantes interessados na mediação da paz.
Na sua intervenção, Guterres salientou ainda que ??????"a crise climática está a exacerbar falhas e vulnerabilidades, alimentando o ciclo da violência e da escalada das crises humanitárias" e alertou para "domínios emergentes de conflito potencial, como o uso malicioso de ciberespaço".
"O sucesso na mediação depende do apoio internacional e da unidade política. Neste momento crítico, vamos unir-nos politicamente em apoio à resolução pacífica de conflitos em todos os lugares", concluiu Guterres.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,2 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Leia Também: Número de refugiados ucranianos sobe para 2,3 milhões
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com