Ucrânia: EUA elogiam povo polaco pelo acolhimento de refugiados
A vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, elogiou hoje o povo polaco pela sua generosidade, ao acolher mais de um milhão de refugiados, numa visita a Varsóvia ensombrada pela divergência sobre fornecimento de aviões a Kiev.
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Mundo Ucrânia/Rússia
Harris reuniu-se hoje com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, horas depois de a Câmara de Representantes dos EUA ter aprovado um pacote de ajuda de 13,6 mil milhões de dólares (cerca de 12,5 mil milhões de euros) para a Ucrânia e para os aliados europeus.
Harris também se encontrou com o Presidente polaco, Andrzej Duda, para discutir a questão dos refugiados, tendo elogiado a postura com que o país está a agir, no esforço de acolher todos os que fogem da invasão russa da Ucrânia.
Mas as divergências entre Varsóvia e Washington sobre o plano polaco de enviar aviões de caça de fabrico soviética para uma base na Alemanha, para uso por parte da Ucrânia, ensombraram a visita de Harris à Polônia.
A proposta foi lançada publicamente pela Polónia - sem antes consultar os EUA - dias depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter dito que o Governo do Presidente Joe Biden estava "muito ativamente" a analisar uma proposta de as Forças Armadas polacas fornecerem aviões Mig-29 a Kiev, recebendo em troca F-16 dos Estados Unidos.
Na quarta-feira, o Pentágono fechou a porta à hipótese de a NATO transferir aviões de combate para a Ucrânia, alegando que poderia levar a uma escalada do confronto entre Kiev e Moscovo.
O general Tod D. Wolters, chefe do Comando Europeu dos EUA, disse hoje, em comunicado, que "a maneira mais eficaz de apoiar os militares ucranianos na sua luta contra a Rússia é fornecer quantidades maiores de armas antitanque e sistemas de defesa aérea".
Harris viajará na sexta-feira para Bucareste, onde se encontrará com o Presidente romeno, Klaus Iohannis.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de cerca de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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