Rússia classifica como "encenação" ataque a maternidade em Mariupol

O Exército russo descreveu hoje o ataque a uma maternidade e a um hospital pediátrico, em Mariupol, na quarta-feira, como uma "encenação" dos "nacionalistas" ucranianos.

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© Getty Images

Lusa
10/03/2022 19:10 ‧ 10/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A força aérea russa não realizou nenhuma missão de destruição de alvos na região de Mariupol", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

"O suposto ataque aéreo é uma encenação total com fins provocatórios, a fim de alimentar o sentimento anti-russo no Ocidente", acrescentou o porta-voz.

Konashenkov repetiu as acusações russas de que o hospital tinha sido evacuado pelos ucranianos e que estava a ser usado como "reduto" para combatentes extremistas, "devido à sua localização favorável do ponto de vista tático".

Horas antes, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, já tinha dito que a maternidade e o hospital pediátrico estavam a ser usados como base para "radicais" e que "todas as parturientes, todas as enfermeiras e todo o pessoal de apoio foram expulsos".

Três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento russo que atingiu na quarta-feira a maternidade do hospital pediátrico de Mariupol, no leste da Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades desta cidade portuária.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 549 civis e 957 feridos.

Leia Também: AO MINUTO: Danos de 91 mil milhões; Boris teme uso de armas químicas

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