Trata-se da segunda extensão do encerramento do espaço aéreo nas cidades russas próximas da Ucrânia, decretado inicialmente em 24 de fevereiro, o dia em que a Rússia invadiu o país vizinho.
"Mais tarde, a restrição foi prolongada até 14 de março", disse a TASS, sem referir qualquer motivo para o prolongamento do encerramento do espaço aéreo, embora se trate das regiões próximas da fronteira leste da Ucrânia.
Em comunicado, a Agência Federal dos Transportes Aéreos disse que os voos foram temporariamente suspensos em 11 cidades.
As restrições incluem as cidades de Krasnodar, considerada um dos mais importantes centros económicos da Rússia e localizada a cerca de 380 quilómetros a leste da Crimeia, e Rostov-on-Don, a cerca de 160 quilómetros a leste da cidade ucraniana da Mariupol, que tem estado sob intensos bombardeamentos das forças russas.
A agência federal recomendou às companhias aéreas russas que utilizem rotas alternativas para aeroportos nas regiões próximas das cidades afetadas, a partir dos quais seja possível encaminhar os passageiros por outros meios.
Além dos voos internos, a Rússia está a ser afetada pela suspensão de voos internacionais decretada por várias companhias no âmbito das sanções impostas ao país por ter invadido a Ucrânia.
A companhia estatal Aeroftlot também suspendeu os voos para a Europa e América Latina devido ao encerramento do espaço aéreo a aviões russos decretada pela União Europeia (UE), outros países europeus, Estados Unidos e Canadá.
Posteriormente, a Aeroflot suspendeu todos os voos internacionais a partir de 08 de março, "devido a circunstâncias imprevistas que impedem os voos", mantendo apenas ligações para a Minsk, a capital da Bielorrússia, um país aliado da Rússia.
As restrições às companhias aéreas russas fazem parte de um vasto pacote de sanções que tem sido decretado contra interesses russos, desde a banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, provocou um número por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, e a fuga do país de 2,5 milhões de pessoas, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo a ONU.
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