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UE diz que novas sanções vão isolar "ainda mais" a Rússia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou hoje que as novas sanções económicas que o G7 e a União Europeia vão adotar no sábado contra Moscovo pela invasão da Ucrânia vão isolar "ainda mais" a Rússia.

UE diz que novas sanções vão isolar "ainda mais" a Rússia
Notícias ao Minuto

22:45 - 11/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"A UE e os nossos parceiros do G7 continuam a trabalhar em uníssono para aumentar a pressão económica contra o Kremlin", disse von der Leyen, em comunicado, após os líderes do grupo dos países mais industrializados do mundo - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido - anunciarem novas medidas restritivas contra a Rússia.

A presidente da Comissão Europeia destacou que os pacotes anteriores de sanções "atingiram duramente a economia da Rússia" e que "o rublo tombou", enquanto "muitos dos principais bancos russos estão isolados do sistema bancário internacional".

"As empresas (estrangeiras) estão a deixar o país uma após uma, não querendo que as suas marcas sejam associadas a um regime assassino", acrescentou, avançando: "Amanhã adotaremos um quarto pacote de medidas para isolar ainda mais a Rússia e drenar os recursos que o país usa para financiar esta guerra bárbara".

Especificamente, Ursula von der Leyen sublinhou que será negado à Rússia o estatuto de "nação mais favorecida" nos seus mercados, revogando "benefícios importantes" no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De acordo com a OMC, a cláusula de nação mais favorecida exige que os países não discriminem entre os seus parceiros comerciais, de modo que uma concessão ou privilégio especial concedido a um país significa que todos os outros parceiros comerciais devem gozar dos mesmos benefícios.

A retirada desse estatuto à Rússia, algo que o Canadá já tinha feito, levará a um aumento nas tarifas dos produtos russos.

Von der Leyen observou que os países também irão trabalhar para suspender os direitos de participação da Rússia em instituições financeiras multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, para que não possa obter mais empréstimos ou benefícios dessas instituições.

A presidente da Comissão Europeia disse que os países continuarão a "pressionar" as elites russas próximas do presidente russo, Vladimir Putin, e que os ministros das finanças, justiça e interior do G7 se reunirão na próxima semana.

Da mesma forma, os países irão procurar garantir que o Estado russo e as suas elites não possam usar criptoativos para contornar as sanções impostas e proibirão as exportações de quaisquer bens de luxo da UE para a Rússia.

Outra medida será vetar a importação de bens-chave do setor siderúrgico da Rússia e, por fim, Von der Leyen afirmou que vão propor a proibição de novos investimentos europeus em todo o setor energético russo, da exploração à produção.

"Esta crise não tem precedentes. Nem a unidade e a velocidade de reação que as nossas democracias mostraram até agora", disse a presidente da Comissão, que concluiu declarado que "a Ucrânia prevalecerá".

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, disse que com as próximas sanções a UE vai continuar a "perseguir os oligarcas, as elites filiadas ao regime, as suas famílias e empresários de destaque, que estão envolvidos nos setores económicos".

São pessoas ou entidades que atuam "na indústria siderúrgica, fornecem produtos e tecnologia militar ou prestam serviços financeiros e de investimento", disse Borrell.

Por sua vez, o presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu, Bernd Lange, avançou em comunicado que o G7 anunciou sua intenção de revogar o estatuto de nação mais favorecida da Rússia.

"Como a situação na Ucrânia, que está sob ataque da Rússia, está a piorar a cada dia, não podemos continuar os negócios como de costume quando se trata de comércio com o regime de Vladimir Putin", disse Lange.

Leia Também: Ucrânia. UE "unida e determinada" no apoio a Kyiv

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