Duda afirmou no programa 'Sunday Morning' da televisão pública britânica BBC que a Polónia pode receber até 2,5 milhões de ucranianos.
Estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas tenham fugido para a Polónia desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.
"É a maior crise desde a Segunda Guerra Mundial, definitivamente", sublinhou o Presidente polaco.
"Estou profundamente grato aos meus compatriotas porque o que eles mostraram até agora, estou a falar de pessoas comuns, eles chegam às nossas fronteiras com veículos dizendo: 'levarei quatro pessoas, levarei uma família inteira para minha casa'", disse Duda.
"Imaginem que 1,5 milhão de refugiados cruzaram a fronteira polaca e não construímos um único campo de refugiados porque todos eles foram aceites em casas particulares, em hotéis, em pensões, em motéis e em complexos turísticos", acrescentou Duda
No entanto, o Presidente polaco alertou que, segundo especialistas, a invasão russa pode originar a fuga de até cinco milhões de refugiados, não apenas na Polónia, mas também na Roménia e na Hungria, que fazem fronteira com a Ucrânia.
Também no domingo, o ministro das Relações Exteriores da Moldova, Nicu Popescu, disse que mais de 328.000 refugiados da Ucrânia - incluindo 48.254 menores - chegaram ao país desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia.
O secretário de Estado para a Igualdade do Reino Unido, Michael Gove, anunciou no domingo um novo programa, 'Casas para a Ucrânia', que permitirá que indivíduos, instituições de caridade, grupos comunitários e empresas ajudem pessoas que escapam da guerra.
Os britânicos que oferecem alojamento a pessoas que fogem da Ucrânia através do novo programa receberão um subsídio de 350 libras (417 euros) por mês.
Os ucranianos poderão permanecer no Reino Unido durante três anos, com direito a trabalhar e a aceder a serviços públicos.
Até agora, mais de três mil vistos foram concedidos a ucranianos que buscam refúgio no Reino Unido.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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