"Neste triste aniversário, vamos unir esforços para apoiar o Governo e o povo de Moçambique a acelerar a redução do risco de desastres e a adaptar-se às mudanças climáticas", declarou Myrta Kaulard, numa mensagem que assinala o terceiro ano após a passagem do ciclone mais severo de que há memória em Moçambique (Idai).
O ciclone Idai se abateu sobre o centro de Moçambique em março de 2019, afetando mais de um milhão e meio de pessoas e provocando a morte de mais de 600.
Com chuva torrencial e vento de 205 quilómetros por hora, o ciclone, que gerou um amplo movimento de solidariedade internacional, destruiu várias infraestruturas, principalmente na cidade da Beira (província de Sofala) e, até hoje, a região centro continua em reconstrução.
Para a coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique, os cíclicos desastres naturais que o país enfrenta provam a necessidade de medidas para combater as mudanças climáticas e melhorar a capacidade de adaptação do país.
"A devastação em Moçambique demonstra quão urgente é tomar medidas imediatas para combater as mudanças climáticas e aumentar visivelmente o apoio às nações de baixo rendimento na linha de frente", declarou Myrta Kaulard, lembrando que o terceiro ano após a passagem do Idai ocorre numa altura em que o país procura enfrentar os danos provocados por duas outras intempéries que se abateram sobre Moçambique neste ano (o ciclone Gombe e a tempestade Ana).
"Ao assinalarmos o terceiro aniversário do ciclone tropical Idai, o ciclone Gombe e a tempestade Ana mostram-nos mais uma vez a difícil situação dos países de baixo rendimento mais vulneráveis quando também são expostos aos impactos das mudanças climáticas. O povo de Moçambique os vive todos os anos e sua resiliência e força são admiráveis", frisou Myrta Kaulard.
Moçambique enfrenta anualmente chuvas e ciclones durante o período chuvoso, que decorre entre outubro e março.
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