Depois de Zelensky se ter dirigido ao Congresso dos EUA, esta quarta-feira, foi a vez de Vladimir Putin fazer uma intervenção pública.
Numa curta exposição, o presidente russo não mencionou o discurso do presidente Zelensky, onde este repetiu os seus apelos para que os EUA imponham uma zona de exclusão aérea, mas criticou o Ocidente por ter "objetivos geopolíticos que não incluem uma Rússia forte e independente".
Acrescentou que "o Ocidente não conseguirá dominar o mundo" nem realizar a tentativa de "cancelar" a Rússia.
"Se o Ocidente pensa que a Rússia vai recuar, não entende a Rússia"
Referiu ainda que "se o Ocidente pensa que a Rússia vai recuar, não entende a Rússia" e disse que não tinha "outra opção para a segurança da Rússia" a não ser realizar o que chamou de "operação militar especial" na Ucrânia. Culpou também o fornecimento de armas dos aliados da NATO de "continuar o derramamento de sangue".
Por fim, afirmou ainda que as potências ocidentais querem criar uma sociedade "anti-Rússia" e não se importam com o povo ucraniano, sendo que, para o governante, o principal objetivo das potências "é prejudicar toda a economia russa, cada russo".
Recorda-se que Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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