Dois outros iates já tinham sido apreendidos esta semana pelas autoridades espanholas no quadro destas sanções contra a Rússia, e os oligarcas próximos do presidente russo Vladimir Putin.
O iate "Crescente", com 135 metros de comprimento e bandeira das Ilhas Caimão, está atracado desde novembro no porto de Tarragona, zona turística da costa catalã, e não será autorizado a levantar a âncora enquanto as autoridades não apurarem a identidade do proprietário, indicou o ministério espanhol dos Transportes num comunicado.
A polícia está a tentar verificar "se pertence ou está sob o controlo de uma pessoa ou figura jurídica" da lista negra das personalidades ou entidades russas sancionadas pela União Europeia, precisou o ministério.
Se for o caso, o iate será confiscado, tornando-se o terceiro, desde o início da semana, depois do "Valérie" ter sido confiscado na segunda-feira, em Barcelona, num anúncio feito pelo próprio primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez.
Este iate de 85 metros pertencia a Sergueï Tchemezov, que dirige a Rostec, um conglomerado russo da indústria da defesa, e próximo de Vladimir Putin, segundo o jornal El Pais.
Seguiu-se o iate "Lady Anastasia", de 48 metros, apreendido no porto Adriano, na ilha Maiorca, do arquipélago das Baleares, que as autoridades suspeitam que pertença a Alexandre Mikheev, proprietário da Rosoboronexport, sociedade pública russa encarregada da venda de armamento, e filial da Rostec.
Os dois homens figuram na lista negra da União Europeia, alargada na segunda-feira para incluir outros oligarcas como o multimilionário Roman Abramovitch, proprietário do clube de futebol do Chelsea.
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