Foi na manhã de dia 16 de março de 1922 que George Tompkins saiu de casa para nunca mais voltar. O corpo do jovem de 19 anos foi encontrado, naquela tarde, pendurado numa árvore com as mãos amarradas atrás das costas, no Riverside Park, em Indianápolis, Estados Unidos da América (EUA).
Agora, um século depois, Alfarena McGinty, a vice-legista-chefe do condado de Marion, considerou que a morte de Tompkins não foi um suicídio.
O legista do condado na altura, Paul Robinson, defendeu: “Não há dúvida de que o homem foi assassinado e o seu corpo amarrado à árvore", acrescentando que o jovem estava "morto ou quase morto quando foi enforcado". Contudo, George Christian, vice-legista em 1922, realizou a autópsia de Tompkins e assinou o atestado de óbito, de acordo com os documentos. Segundo a CNN, a causa da morte foi alterada de "aberta" para "suicídio", de acordo com uma petição escrita para alterar a sua certidão de óbito.
A petição levou a que McGinty revisse o caso e alterasse a decisão tomada há cem anos. "Foi uma honra corrigir esta injustiça", comentou.
"Em 1922, George Tompkins não teve justiça, nem na vida nem na morte", disse o presidente de Indianápolis, Joe Hogsett.
Na semana passada, o Senado dos EUA aprovou a Lei Emmett Till Antilynching de 2022 por unanimidade, mas, o projeto de lei, que tornaria o espancamento um crime de ódio federal, aguarda a assinatura do presidente Joe Biden.
No dia 12 de março foi colocada uma lápide no túmulo anónimo de Tompkins dentro do Cemitério Floral Park.
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