Um apoiante de Donald Trump, acusado de invadir o Capitólio, durante os motins de dia 6 de janeiro do ano passado, que enfrenta uma acusação de tentativa de homicídio em primeiro grau foi libertado sob custódia do seu avô, na passada quarta-feira.
Matthew Beddingfield foi visto em imagens de vídeo a segurar um mastro com a bandeira americana para atacar a polícia. Contudo, o juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos da América (EUA), Carl Nichols, deliberou que o jovem ficaria sob a custódia do avô, um veterano militar que vive na zona rural da Carolina do Norte, nos EUA.
Nichols admitiu que, caso o avô de Beddingfield não se oferecesse, tê-lo-ia mantido em prisão preventiva até ao julgamento. "Sem o relacionamento do Sr. Beddingfield com seu avô... Este seria um caso relativamente fácil", revelou.
Segundo a NBC, Beddingfield foi identificado por detetives na internet, em março de 2021, e detido em fevereiro de 2022, sendo que os seus advogados não negaram que o rapaz tenha participado no ataque ao Capitólio.
O Departamento de Justiça também alega que Beddingfield assediou racialmente utilizadores das redes sociais depois de ter participado no ataque. Um procurador federal revelou, durante a audiência da passada quarta-feira, que um polícia do Capitólio disse que o acusado usou o mastro com a bandeira como mira, apontando para os seus órgãos genitais enquanto as autoridades lutavam com manifestantes.
Nichols decidiu ainda que Beddingfield não poderá voltar ao trabalho durante seis semanas, para garantir que não está online, visto que o seu avô não tem acesso à internet em casa.
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