Quando as negociações indiretas sobre a manutenção da trégua entre Israel e o Hamas devem começar em Doha, a decisão israelita é "uma escalada do genocídio, das deslocações forçadas e da catástrofe humanitária em Gaza", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano.
Publicado na rede social X (antigo Twitter), o comunicado acrescentou que as ações israelitas afetam "todos os níveis" da vida da população no enclave, "especialmente tendo em conta a persistência da ocupação em impedir a chegada de ajuda humanitária a mais de dois milhões de palestinianos que sofrem as formas mais atrozes de limpeza étnica".
Também foi criticada a "duplicidade de critérios internacionais" e o "incumprimento" das resoluções da ONU e decisões do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que "encorajam o Estado ocupante a intensificar as suas medidas ilegais".
No comunicado apela-se a uma "intervenção internacional urgente" para proteger os palestinianos.
A divulgação do corte de energia foi feita no domingo, quase uma semana depois de Israel ter anunciado a suspensão da ajuda humanitária a Gaza devido à recusa do movimento islamita Hamas, no poder naquele enclave palestiniano, em aceitar o pedido para prolongar a primeira fase do cessar-fogo.
O acordo de tréguas, que entrou em vigor em 20 de janeiro, prevê três fases no âmbito do conflito com origem no ataque dos islamitas palestinianos a 07 de outubro de 2023, que provocou, segundo Telavive, 1.200 pessoas e feitos cerca 250 reféns. O exército israelita respondeu com uma ofensiva em Gaza que se prolongou por mais de 15 meses e causou mais de 48 mil mortos, segundo as autoridades palestinianas.
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