Um vídeo falso do presidente ucraniano a dizer às pessoas para se renderem está a ser partilhado online e foi transmitido na televisão ucraniana.
O vídeo mostra o que parece ser Volodymyr Zelenskyy e discursar: "Acabou por não ser assim tão fácil ser o presidente", ouve-se dizer nas imagens, citadas pela Sky News.
O pressuposto Zelensky continua a declarar que "decidiu devolver Donbass" à Rússia e que os esforços do seu exército na guerra "falharam". Não é conhecida a origem do vídeo, que tinha cerca de um minuto de duração.
As imagens chegaram a ser postas, pelos hackers, no site da televisão Ukraine 24 – e chegou a ser transmitido, por momentos, na emissão ao vivo, segundo a Forbes.
A pequena mensagem termina com: "O meu conselho para vocês é que deponham as armas e regressem às vossas famílias. Não vale a pena morrer nesta guerra. O meu conselho é que vivam. Eu vou fazer o mesmo". O vídeo é o chamado 'deepfake' e é fácil de detectar. 'Deepfake' é uma técnica que utiliza recursos de inteligência artificial para substituir rostos em vídeos e imagens com o propósito de chegar o mais próximo possível da realidade. Envolve geralmente uma imagem ou vídeo em que uma pessoa ou objeto é visual ou audivelmente manipulado para dizer e fazer algo que é forjado.
No clipe a ser partilhado online, a cabeça do presidente Zelensky é demasiado grande para o corpo a que foi anexado digitalmente. Também é iluminada de forma diferente. Também se pode ver um nível mais elevado de pixelização em torno da cabeça do falso Zelensky, em comparação com o seu corpo, analisa a Sky.
O verdadeiro Zelensky emitiu mais tarde um comentário sobre a falsificação. "Bom dia. Quanto à última provocação infantil com conselhos para depor armas, aconselho apenas que as tropas da Federação Russa deponham as suas armas e regressem a casa. Já estamos em casa, estamos a defender a nossa terra, os nossos filhos, as nossas famílias. Portanto, não vamos depor armas até à nossa vitória", disse num vídeo no Telegram.
As empresas donas de redes sociais como o Facebook, o Twitter e o Youtube já eliminaram o vídeo.
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