'Intermediário' turco diz que "esperanças num cessar fogo" aumentaram

O ministro dos Negócios estrangeiros visitou os seus homólogos russo e ucraniano, e terá dito que "ainda não tinha perdido a esperança na diplomacia".

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Notícias ao Minuto
17/03/2022 17:08 ‧ 17/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia disse, esta quinta-feira, que após o encontro com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, havia mais esperanças num cessar-fogo, segundo avança o The Guardian.

Mevlüt Çavuşoğlu visitou hoje Lviv, depois de ontem ter estado em Moscovo, e ter dito que "ainda não tinha perdido a esperança na diplomacia".

O responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros da Turquia disse, segundo a publicação britânica, que tinha discutido com Kuleba a existência de mais um corredor humanitário para Mariupol, umas das cidades que tem sido mais afetada por este conflito e na qual os corredores humanitários apenas começaram a funcionar esta semana.

"Propusemos corredores humanitários e um cessar-fogo por, pelo menos,  horas para Mariupol, uma proposta já discutida quando [Dmytro] Kuleba visitou Antalya e eu apoiei a 100%", terá dito, acrescentando que, em conversas com o "lado russo" lhe terão dito que queriam retirar as pessoas da cidade, que tem sido das mais afetadas pelo conflito, mas que a Ucrânia "os impedia". "A Ucrânia diz-me que estão prontos para isso, mas que a Rússia os impede", afirmou, segundo o The Guardian.

As visitas do ministro dos Negócios Estrangeiros à Rússia e à Turquia surgem com o objetivo de conseguir que os dois países alcancem a paz, fazendo da Turquia uma espécie de 'intermediário'. A tomada de posição neutra do país tem vindo a ser explicada pela existência de negócios fundamentais com ambos os países, que fornecem à Turquia a maior parte das reservas de trigo.

A invasão russa da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A UE e vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Japão e a habitualmente neutra Suíça, impuseram duras sanções contra interesses russos, desde a banca ao desporto.

A guerra, que entrou hoje no 22.º dia, provocou um número por determinar de baixas civis e militares, e mais de 3,1 milhões de refugiados.

Leia Também: AO MINUTO: Negociações separadas por "grande lacuna"; 780 civis mortos

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