Governo esloveno diz que Rússia nunca capturará Kyiv
O primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, - que na quarta-feira visitou a capital ucraniana, ao lado dos homólogos da Polónia e da República Checa - assegurou que o Exército russo nunca conseguirá ocupar Kyiv.
© Getty Imagens
Mundo Ucrânia
"Kyiv está a ser atacada de oeste e de leste, mas as forças que atacam são muito fracas para tomar a cidade. O exército russo nunca conseguirá ocupar Kyiv", disse Jansa, numa declaração à televisão pública eslovena, na noite de quinta-feira.
O primeiro-ministro esloveno explicou que o objetivo da visita a Kyiv dos três primeiros-ministros europeus foi mostrar aos ucranianos que não estão sozinhos.
"Queríamos mostrar-lhes com factos que não estão abandonados, que não se trata apenas de um apoio de longe, que há quem acredite que a cidade vai mesmo defender-se e ser bem-sucedida", explicou Jansa.
O político esloveno considera que existem semelhanças entre a atual agressão da Rússia contra a Ucrânia e a cometida em 1991 pelo exército jugoslavo contra a Eslovénia, em particular no que diz respeito à moral dos soldados.
"Os recrutas do exército jugoslavo não sabiam contra quem estavam a lutar. Alguns até acreditavam que estavam a lutar contra a NATO. E algo semelhante foi dito agora por recrutas do exército russo que foram feitos prisioneiros na Ucrânia. Eles acreditavam que estavam a lutar contra um agressor, a NATO, e não o povo irmão", explicou Jansa.
O primeiro-ministro esloveno também acredita que o Presidente russo, Vladimir Putin, não está informado devidamente sobre a verdadeira situação das suas tropas no terreno.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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