O presidente do Conselho Europeu anunciou, esta sexta-feira, que a União Europeia (UE) está a ponderar criar um fundo de solidariedade para a Ucrânia.
"O fundo daria liquidez para continuar a apoiar as autoridades e, a longo prazo, servir como suporte principal para a reconstrução de uma Ucrânia livre e democrática quando o conflito terminar", escreveu Charles Michel numa publicação que partilhou no Twitter.
Shared with president @ZelenskyyUa how we are collectively stepping up our support to #Ukraine
— Charles Michel (@eucopresident) March 18, 2022
Discussed concrete elements in ongoing negotiations between Ukraine and Russia. pic.twitter.com/BXLaw8aLra
A criação deste fundo, que a curto prazo servia para garantir os serviços básicos no país e ir ao encontro das necessidades imediatas dos cidadãos, deverá ser discutida na próxima semana, segundo uma fonte da UE disse à Reuters.
Desde o início da invasão russa que a Ucrânia não consegue emitir títulos no mercado financeiro internacional para cobrir as suas necessidades e sofreu com a retirada do investimento privado, lembraram fontes da UE à agência EFE."
Em conversa telefónica realizada hoje, Charles Michele e Volodymyr Zelensky falaram sobre o eventual fundo, assim como o presidente do Conselho Europeu informou o presidente da Ucrânia sobre o seu contacto telefónico com o Presidente russo, Vladimir Putin, no início desta semana.
A Comissão Europeia despendeu hoje mais 289 milhões de euros em ajuda macrofinanceira de emergência à Ucrânia e adotou uma subvenção de 120 milhões de euros para este país, como apoio orçamental sob a forma de um contrato de reforço do Estado.
Bruxelas salientou que o programa de assistência macrofinanceira de emergência "contribuirá significativamente para melhorar a estabilidade macroeconómica da Ucrânia no contexto da invasão não provocada e injustificada da Rússia".
A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, também informou hoje Zelensky por telefone sobre esta ajuda e transmitiu ao ucraniano que "o caminho europeu da Ucrânia já começou e momentos como estes exigem visão, firmeza e resistência para dar um passo difícil depois de outro".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[Notícia atualizada às 22h47]
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