AO MINUTO: Poroshenko insta Biden a ir à Ucrânia; 6 mil civis retirados
Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.
© Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
No 24.º dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, o parlamento ucraniano pediu à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu uma decisão "rápida e positiva" sobre o pedido de adesão à União Europeia (UE). Sublinhe-se que o pedido foi formalizado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a 28 de fevereiro, apenas quatro dias após o início da ofensiva militar russa no país.
Este sábado fica também marcado pelos vários bombardeamentos diversas cidades, incluindo num hospital em Trostianets e em Zaporizhzhia, além de Severodonetsk e Rubizhne, na região separatista de Lugansk.
Segundo as Forças Armadas ucranianas, as tropas russas já terão sofrido cerca de 14 mil baixas, nas quais se incluem cinco generais. Já na Ucrânia, de acordo com os dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), morreram cerca de 850 civis, mais de 64 dos quais são crianças.
A ONU acrescenta ainda que mais de 3,3 milhões de refugiados já fugiram da Ucrânia, enquanto cerca de 6,5 milhões de pessoas estão deslocadas internamente.
Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:
00h00 - Boa noite. Encerramos aqui este acompanhamento AO MINUTO do conflito na Ucrânia. A cobertura de tudo o que se passa em torno desta guerra será retomada na manhã de domingo.
23h48 - Rússia “não foi capaz de ganhar o controlo do espaço aéreo”, um dos seus principais objetivos
O Ministério da Defesa do Reino Unido revelou este sábado que a Rússia “não foi capaz de ganhar o controlo do espaço aéreo”, um dos seus principais objetivos “nos primeiros dias do conflito”.
“A Rússia não foi capaz de ganhar o controlo do espaço aéreo e está dependente de armas de longo alcance lançadas a partir do relativamente seguro espaço aéreo russo para atingir alvos dentro da Ucrânia”, afirmou na rede social Twitter, onde partilhou uma atualização sobre o estado do conflito armado na Ucrânia.
“Ganhar controlo do espaço aéreo era um dos principais objetivos da Rússia nos primeiros dias do conflito e a sua incapacidade para o fazer mitigado o seu progresso operacional”, acrescentou.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 19 March 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) March 19, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/2whpSpRbwX
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/CcIp8qZg3w
23h35 - Mulheres, crianças e até um cão chegam a Lisboa como refugiados
Os últimos 150 refugiados da "Missão Ucrânia 13 de março 22" chegaram hoje a Lisboa depois de uma longa viagem de Cracóvia, na maioria mulheres e crianças e até um cão, fugidos de uma guerra sem fim à vista.
23h34 - Habitantes de Mariupol estão a ser obrigados a ir para a Rússia
Os habitantes da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, estão a ser levados para a Rússia pelas tropas russas contra a sua vontade. A informação é avançada pela CNN Internacional, que cita um comunicado da autarquia de Mariupol.
“Na semana passada, vários milhares de habitantes de Mariupol foram levados para território russo. Os invasores levaram ilegalmente pessoas do distrito de Livoberezhny e de um abrigo de um prédio do clube desportivo, onde mais de mil pessoas - principalmente mulheres e crianças - se escondiam dos bombardeamentos constantes”, lê-se.
23h32 - Rússia diz que milícia ucraniana se prepara para atacar diplomatas ocidentais
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirma que combatentes do ‘Batalhão de Azov’ - uma milícia ucraniana neonazi, antirrussa e de extrema-direita - se preparam para atacar diplomatas dos Estados Unidos da América (EUA) e de outros países ocidentais em Lviv e culpar a Rússia pelo ataque.
️Russia claims Ukraine plans to attack Western diplomats in Lviv.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) March 19, 2022
Russia’s Defense Ministry spokesman Igor Konashenkov accused Ukrainian fighters from the Azov battalion of preparing to attack the U.S. and other Western diplomats in Lviv and putting the blame on Russia.
Esta não é a primeira vez que a Rússia acusa a milícia ucraniana de ataques perpetuados na Ucrânia. A título de exemplo, negou ter atacado uma maternidade em Mariupol - que provocou três mortos e 17 feridos - e defendeu que o espaço estava a ser utilizado pelo Batalhão de Azov. Mais recentemente, negou a autoria do bombardeamento ao teatro de Mariupol e culpou os combatentes do Batalhão.
23h17 - Ucrânia. Níveis de radiação nas centrais nucleares "normais"
Os níveis de radiação nas centrais nucleares ucranianas estão "normais" e os sistemas de segurança "a funcionar", anunciou hoje a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
23h16 - CCB promove concerto e recolha de bens para Centro Cultural de Lviv
O Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, vai promover este mês um concerto pela Ucrânia e uma recolha de bens para o Centro Cultural de Lviv, com o qual criou "uma ponte cultural".
22h30 - Ucrânia critica multinacionais (ainda) na Rússia. “Como é que podem alimentar, servir e pagar aqueles que fizeram isto?”
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, criticou este sábado as empresas multinacionais que ainda operam e mantêm negócios na Rússia. Na rede social Twitter, o governante partilhou uma fotografia aérea do teatro de Mariupol - bombardeado pelas tropas russas - e questionou as multinacionais: “Como é que podem alimentar, servir e pagar aqueles que fizeram isto?”
These are the ruins of the Drama Theater in Mariupol, where hundreds of civilians hid. Inhuman Russian war crime. I want to ask multinational companies still working with or in Russia: how can you keep doing business with them? How can you feed, serve, and pay those who did this? pic.twitter.com/TCt9EzhKtU
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 19, 2022
22h13 - Poroshenko insta Joe Biden a visitar a Ucrânia na próxima semana
O ex-presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, instou este sábado o presidente dos Estados Unidos da América (EUA) a visitar o país enquanto estiver na Europa, na próxima semana, como “símbolo de solidariedade”. “Por que é que - o meu muito bom amigo, muito bom amigo da Ucrânia, Joe Biden, líder do mundo global, que assumiu agora a sua liderança - por que é que ele não nos vem visitar aqui na próxima semana como símbolo da nossa solidariedade”, afirmou o antecessor de Volodymyr Zelensky à CNN Internacional.
21h31 - Cerca de 300 pessoas apelam à paz junto da Embaixada da Rússia em Lisboa
Cerca de 300 pessoas manifestaram-se hoje pela paz junto da Embaixada da Rússia, em Lisboa, em solidariedade com a Ucrânia no Dia do Pai em Portugal, lembrando os pais ucranianos separados dos filhos devido à invasão russa.
21h18 - Ucrânia: Índia e Japão apelam a "cessar imediato da violência" no país
A Índia e o Japão apelaram hoje a um "cessar imediato da violência" na Ucrânia, durante a visita oficial do primeiro-ministro nipónico, Fumio Kishida, a Nova Deli, onde se reuniu com o homólogo indiano, Narendra Modi.
21h08 - Mais de 6.600 pessoas retiradas de cidades sob ataque este sábado
Um total de 6.623 pessoas foram retiradas, este sábado, através de corredores humanitários das cidades ucranianas cercadas pelas tropas russas.
Segundo a Sky News, que cita Kyrylo Tymoshenko, do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, 4.128 pessoas saíram da cidade portuária de Mariupol.
19h57 - Boris compara a luta da Ucrânia ao Brexit (e as críticas multiplicam-se)
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comparou este sábado a invasão russa da Ucrânia e a luta do povo ucraniano à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE), em 2016. Para o governante, ambas as situações mostram a determinação de um povo para lutar pela sua liberdade. Mas há quem condene as suas afirmações.
19h25 - Fumio Kishida pressiona homólogo indiano a agir face a conflito
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em visita a Nova Deli, instou hoje o seu homólogo indiano, Narendra Modi, a mudar a sua posição relativamente à Rússia, mas na declaração conjunta absteve-se de condenar a invasão da Ucrânia.
19h24 - NATO, Mário Machado e porta aviões. "A pós-verdade em todo o esplendor"
António Filipe, o ainda deputado do Partido Comunista Português (PCP), recorreu ao Twitter para denunciar aquilo que considera ser "a pós-verdade em todo o seu esplendor".
A NATO é uma organização defensiva. O Mário Machado dedica-se a ações humanitárias. Os porta aviões chineses voam. É a pós-verdade em todo o seu esplendor.
— Antonio Filipe (@AntonioFilipe) March 18, 2022
19h22 - Papa visita crianças ucranianas em hospital gerido pelo Vaticano
O papa Francisco visitou hoje o Hospital Pediátrico Bambino Gesù, equipamento hospitalar gerido pelo Vaticano e onde estão internadas crianças que deixaram a Ucrânia devido à guerra.
18h28 - "Plano Marshall II". Polónia traça programa de recuperação para a Ucrânia
O primeiro-ministro polaco considera que o plano deve ser cofinanciado e preparado pelos países mais ricos da Europa, os mesmos que “perderam a oportunidade” de travar a Rússia quando ainda era possível. Ucrânia agradece "iniciativa" do país "verdadeiro amigo da Ucrânia".
Marshall Plan 2.0 is the moral responsibility of those who don’t want to stand near when 🇷🇺 missiles hit our cities. The destruction of civilian infrastructure is the war of 🇷🇺 against 🇺🇦. @MorawieckiM is impeccable in his initiative to help 🇺🇦 recover. 🇵🇱 is a true friend of 🇺🇦
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 19, 2022
18h26 - Rússia nega que cosmonautas tenham usado amarelo em apoio à Ucrânia
A agência espacial da Rússia negou, este sábado, que os cosmonautas russos que chegaram à Estação Espacial Internacional, na sexta-feira à noite, tenham escolhido os fatos azuis e amarelos como demonstração de apoio à Ucrânia, ridicularizando as especulações em torno do tema.
17h43 - 190 mil civis retirados através de corredores humanitários
Cerca de 190 mil civis já foram retirados, através de corredores humanitários, das cidades ucranianas cercadas por tropas russas desde o início da invasão, avança este sábado a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.
16h59 - 562 soldados russos detidos na Ucrânia desde o início da invasão
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, 562 soldados russos foram feitos prisioneiros na Ucrânia. A informação é avançada pelo jornal The Kyiv Independent, que cita a vice-primeira-ministra, Iryna Vereschuk.
Os prisioneiros “estão a ser tratados de acordo com a lei humanitária internacional”, assegura a governante.
️562 Russian prisoners of war held in Ukraine.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) March 19, 2022
Deputy Prime Minister Iryna Vereshchuk said on March 19 Ukraine is treating them according to international humanitarian law.
16h49 - Presidência ucraniana apela à China para que condene "barbárie russa"
A presidência ucraniana apelou hoje à China para que se junte ao Ocidente na "condenação da barbárie russa" na Ucrânia. "A China pode ser uma parte importante do sistema de segurança global se tomar a decisão certa de apoiar a aliança dos países civilizados e condenar a barbárie russa", escreveu Mykhailo Podoliak, conselheiro do presidência ucraniana e um dos participantes das negociações, numa publicação no Twitter.
🇨🇳 can be the global security system’s important element if it makes a right decision to support the civilized countries’ coalition & condemn 🇷🇺 barbarism. It is a chance to sit at the table as equals. The West must explain to Beijing how $1.6 trillion differs from $150 billion
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 19, 2022
16h48 - "Se a Rússia não for detida, outros agressores começarão outras guerras"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou este sábado que se a Rússia não for detida e punida “agora” pela sua invasão da Ucrânia, outros “agressores no mundo começarão outras guerras”.
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16h45 - Mário Machado? "Provavelmente nem chega a entrar na Ucrânia"
O social-democrata Duarte Marques comentou, este sábado, a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que autorizou Mário Machado a ir combater para a Ucrânia e a interromper as medidas de coação que lhe foram aplicadas no âmbito de um processo sobre posse de arma ilegal e incitamento ao ódio racial.
Outra coisa, o Machado não vai liderar nenhum batalhão nem sequer vai integrar nenhum pelotão. Provavelmente nem chega a entrar na Ucrânia. É um grande produto de marketing. Se tiverem dúvidas tentem saber como se escondeu no célebre caso de confronto de motards no Prior Velho.
— Duarte Marques (@DuarteMarques) March 19, 2022
16h16 - Braga recebeu hoje mais 43 ucranianos e instalou-os em hotel no Sameiro
O Município de Braga acolheu hoje mais 43 ucranianos que fugiram da Ucrânia devido à invasão russa e instalou-os temporariamente no Hotel João Paulo II, no Sameiro, até serem recebidos por famílias de acolhimento.
15h47 - Guerra pode levar Ucrânia a interromper exportações de produtos agrícolas
A guerra pode levar a Ucrânia a interromper as exportações de produtos agrícolas, admitiu, este sábado, o assessor presidencial Oleh Ustenko. Numa entrevista televisiva, citada pela Reuters, Ustenko, que é assessor económico de Volodymyr Zelensky, explicou que as exportações podem vir a parar, uma vez que o país pode não produzir colheitas suficientes para exportar caso os períodos de sementeiras tenham de ser interrompidos devido à invasão.
15h43 - ONU confirma 847 civis mortos e 1.399 feridos até sexta-feira
A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, até ao final do dia de sexta-feira, anunciou hoje a ONU.
15h40 - Parlamento de Kyiv pede à UE decisão "rápida e positiva" sobre adesão
O parlamento ucraniano pediu hoje à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu uma decisão "rápida e positiva" sobre o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), formalizado quatro dias depois da invasão russa.
15h33 - Para recordar:
- Metalúrgica em Mariupol praticamente destruída por exército russo. O exército russo destruiu quase por completo a fábrica da Azovstal, uma das maiores empresas de laminação de aço da Europa, instalada em Mariupol, no sul da Ucrânia.
- Putin está "melhor do que nunca". O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, conhecido aliado do presidente russo, destacou a relação próxima que mantém com Putin e diz que este está em perfeito estado de saúde, descartando as acusações de vários líderes mundiais, que acusam o chefe de Estado da Rússia de estar a ser irracional.
- Bulgária não vai enviar ajuda militar para a Ucrânia. O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, descartou enviar ajuda militar para a Ucrânia, mas disse que a Bulgária, aliado da NATO, irá continuar a dar assistência humanitária ao país.
- Rússia diz ter usado mísseis hipersónicos. O Ministério da Defesa russo afirmou ter usado mísseis ar-terra hipersónicos para destruir um depósito de armas subterrâneo, no leste da Ucrânia.
15h30 - Boa tarde, iniciamos um novo registo de acompanhamento do conflito na Ucrânia. Pode recordar o anterior através deste link.
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