"Imobilizámos (...) 150 milhões de euros de contas pessoais, de linhas de crédito em França, em estabelecimentos franceses", disse o ministro, durante o programa de rádio e televisão Grand Jury RTL/Le Figaro/LCI.
Além disso, foram congelados "539 milhões de euros em imóveis em território francês, correspondentes a cerca de trinta imóveis ou apartamentos", e imobilizados "dois iates por 150 milhões de euros", detalhou o governante.
"No total, são quase 850 milhões de euros de bens, ativos de oligarcas russos, que se encontram congelados em território francês", acrescentou Bruno Le Maire.
Na prática, este congelamento significa que os proprietários destes ativos não podem "usá-los, comercializá-los ou rentabilizá-los".
"Por outro lado, não são apreendidos no sentido de que o Estado passaria a ser proprietário e poderia comercializá-los. Para que haja apreensão, tem de haver um crime", especificou o ministro.
"As sanções estão a prejudicar a Rússia, prejudicando o Estado russo, prejudicando [o presidente russo] Vladimir Putin", vincou Bruno Le Maire, que sublinhou a imobilização de 22 mil milhões de euros de ativos do banco central russo.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Na sexta-feira, o Banco Central da Rússia considerou "extremamente difícil" fazer previsões macroeconómicas devido às sanções.
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