O edifício de dez andares, localizado no distrito de Sviatiochine, está muito danificado, notaram no local os jornalistas da AFP, segundo os quais podem ser vistos vestígios de um incêndio que deflagrou e todas as janelas foram destruídas.
As carcaças de dois carros carbonizados jaziam no pátio coberto de escombros e que tem também um parque infantil.
Os bombeiros levaram uma senhora idosa e um homem desorientado com ferimentos superficiais no rosto para uma ambulância, onde receberam atendimento médico.
"É uma sorte" não haver mais vítimas, disse à AFP Svitlana Vodolaga, porta-voz dos serviços de emergência ucranianos, acrescentando que seis pessoas foram retiradas vivas.
Um jardim de infância também ficou danificado na explosão, mas estava fechado e sem ninguém no interior.
"A minha irmã estava na varanda quando aconteceu e quase morreu", disse Anna, de 30 anos, moradora que pediu para ser identificada apenas pelo primeiro nome.
"Por favor, NATO, feche o espaço aéreo", disse ainda ela, referindo-se à zona de exclusão aérea que o governo ucraniano pede com insistência aos países ocidentais que estabeleçam.
"Eu odeio Putin", rematou.
Deste local, localizado a poucos quilómetros da cidade suburbana de Irpin, por onde passa a linha de frente, o estrondo da artilharia e do disparo de 'rockets' podia ser ouvido ao longe.
Ao mesmo tempo, Oleksiy Arestovitch, conselheiro da Presidência ucraniana, assegurou no seu 'briefing' do meio-dia sobre a situação militar em toda a Ucrânia, que a frente estava no momento "praticamente congelada".
De manhã, "praticamente não houve disparo de mísseis nas cidades", "a força aérea russa está quase inativa", há apenas "ações táticas" dos beligerantes, observou ele.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: Autarca de Kyiv convida Papa a visitar a cidade numa mensagem de paz