A Ucrânia rejeitou ceder, este domingo, ao ultimato da Rússia e recusa-se a entregar a cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país. A informação é avançada pelo jornal The Kyiv Independent, que cita fonte do governo ucraniano.
Segundo a publicação, a vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, respondeu ao ultimato russo e afirmou que a rendição não é uma opção.
A governante exigiu ainda que a Rússia forneça uma passagem segura para ajuda humanitária e civis.
Ukraine demands that Russian forces allow safe passage immediately.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) March 20, 2022
Recorde-se que a Rússia ordenou hoje às forças ucranianas para que abandonem a cidade de Mariupol até à manhã de segunda-feira. Citado pela agência espanhola EFE, o chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, Mikhail Mizintsev, anunciou que todos os elementos do exército ucraniano poderão abandonar a cidade entre as 10h e as 12h locais (menos duas horas em Lisboa), bem como todos os "mercenários estrangeiros".
A partir das 12h, poderão entrar caravanas humanitárias com alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade, tendo Mizintsev apelado ainda a organizações internacionais como as Nações Unidas e a Cruz Vermelha para que enviem representantes para supervisionar as retiradas de civis.
A cidade de Mariupol encontra-se cercada por tropas russas há cerca de duas semanas. Na sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que as reservas de água e alimentos na região estão a esgotar-se e praticamente nenhuma ajuda humanitária foi autorizada a entrar na área.
Assinala-se hoje o 25.º desde o início da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, até ao final do dia de sábado. Há ainda mais de 3,4 milhões de refugiados que fugiram para os países vizinhos.
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