Odessa acusa Rússia de atacar edifícios residenciais

A autarquia denunciou aqueles que são os primeiros ataques nos arredores da cidade ucraniana.

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Daniela Filipe
21/03/2022 12:16 ‧ 21/03/2022 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

A autarquia de Odessa, na Ucrânia, acusou hoje as forças russas de atacarem edifícios residenciais nos arredores da cidade portuária do Mar Negro. Trata-se do primeiro ataque na região, ainda que a Rússia tenha negado ataques direcionados à população.

“Estes são edifícios residenciais, onde pessoas vivem”, acusou o autarca Gennadiy Trukhanov, citado pela Reuters.

Apesar de não terem sido registadas vítimas mortais, a cidade deu conta de um incêndio.

Na sua página do Telegram, o responsável divulgou fotografias da destruição e um vídeo dos trabalhos das equipas de resgate.

A acusação surge num momento em que a Rússia revelou ter destruído 44 alvos militares ucranianos na última noite.

Considerada um alvo estratégico para o presidente russo, Vladimir Putin, a cidade portuária alberga a maioria do comércio marítimo da Ucrânia, que não tem outro porto da mesma dimensão ao qual recorrer, caso seja tomado pelas forças russas.

A captura de Odessa significaria, assim, que a Rússia controlaria toda a costa do Mar Negro, permitindo o estabelecimento de um corredor até à região de Transnístria, que procura independência da Moldova desde meados de 1990.

Recorde-se que a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia a 24 de fevereiro, que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, segundo o mais recente balanço da Organização das Nações Unidas (ONU).

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, adianta a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Como Odessa se está a proteger de uma iminente invasão russa

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