Ucrânia. EUA detetam aumento da atividade naval russa no mar Negro

Os Estados Unidos detetaram um aumento da atividade naval russa no mar Negro, a partir do qual ataca com artilharia a cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, disse hoje um alto funcionário do Pentágono.

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Lusa
21/03/2022 16:28 ‧ 21/03/2022 por Lusa

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Ucrânia/Rússia

Numa conversa telefónica com jornalistas, a fonte disse que os russos dispõem de "pouco mais de uma dezena de navios de guerra, embarcações de combate anfíbias de diferentes classes e tamanhos, navios de superfície, draga-minas e patrulheiros que colocaram a norte do mar Negro".

Nesse sentido, o funcionário indicou que alguns dos ataques de artilharia contra Odessa são resultado das atividades dessa frota russa, "sobretudo das embarcações de combate anfíbias".

No entanto, sublinhou que isso não significa a possibilidade de um ataque anfíbio a Odessa esteja iminente.

O responsável de Defesa apontou que, no geral, o avanço russo na Ucrânia está paralisado, enquanto os EUA não detetaram quaisquer reforços a chegar para ajudar as forças russas no país vizinho.

"Vimos os russos a falar sobre a possibilidade de levar reforços de fora da Rússia, de fora da Ucrânia, mas de novo, não houve qualquer movimento", prosseguiu.

O funcionário observou que Washington estima atualmente que a força de combate russa na Ucrânia esteja abaixo dos 90%, recordando ao mesmo tempo que Moscovo destinou grandes quantidades de recursos para a Ucrânia: "75% da sua capacidade de geração de grupos táticos de batalhão".

Esses grupos são típicos das Forças Armadas russas e são unidades com alto nível de preparação para se envolver em qualquer momento em combates de alta intensidade com vários tipos de armas.

A fonte norte-americana acrescentou que os EUA acreditam que a Rússia está a utilizar na invasão da Ucrânia mais de 60% da sua aviação, tanto aviões de combate como helicópteros, embora tenha sofrido perdas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Rússia protesta contra críticas de Biden

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