Rússia pode não parar na Ucrânia. NATO vigia possível próximo alvo

Planos de Vladimir Putin têm sido uma verdadeira incógnita.

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© Sergei Guneyev\TASS via Getty Images

Marta Ferreira
21/03/2022 17:22 ‧ 21/03/2022 por Marta Ferreira

Mundo

Guerra na Ucrânia

A invasão russa à Ucrânia pode não ficar por aqui. Já muitos líderes manifestaram essa mesma preocupação e os planos de Putin são uma verdadeira incógnita. 

A NATO está por isso preparada para agir em caso de ataque num dos seus países membros. 

Em declarações à agência Reuters, o general alemão reformado Hans-Lothar Domroese, que liderou um dos mais altos comandos da NATO na cidade holandesa de Brunssum até 2016, diz que "chegamos a um ponto de viragem".

O próximo alvo russo? A ligação terrestre entre a cidade russa Kaliningrado e a Bielorrússia, chamada de  Suwalki Gap (ou Corredor de Suwalki), é crucial para os países bálticos. 

Este corredor liga a Polónia à Lituânia e, se ocupado por forças russas, cortaria os Países Bálticos do resto da NATO.

"Putin pode rapidamente tomar o Suwalki Gap", disse Domroese acrescentando que isso não acontecerá nem hoje nem amanhã, "mas pode acontecer em alguns anos".

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) colocou por isso esta região sob vigilância.

Refira-se que Putin afirmou que as preocupações do Kremlin com a expansão da NATO foram descartadas pelo Ocidente ao longo de três décadas. O líder russo considera também que a Rússia pós-soviética foi humilhada após a queda da União Soviética em 1991.

Para Putin, a NATO é um instrumento dos Estados Unidos para atacar a Rússia. 

"O principal objetivo dos Estados Unidos é conter a Rússia, e a Ucrânia é o seu instrumento para nos arrastar para um conflito armado e nos atingir com as mais duras sanções", dizia o líder russo no início de fevereiro. 

Este é o 26.º dia de invasão russa à Ucrânia. Mais de 1400 pessoas ficaram feridas e 925 civis foram mortos desde o início da guerra, na madrugada de 24 de fevereiro. 

Leia Também: Ucrânia. ONU confirma 925 civis mortos e 1.496 feridos até domingo

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