A invasão russa à Ucrânia pode não ficar por aqui. Já muitos líderes manifestaram essa mesma preocupação e os planos de Putin são uma verdadeira incógnita.
A NATO está por isso preparada para agir em caso de ataque num dos seus países membros.
Em declarações à agência Reuters, o general alemão reformado Hans-Lothar Domroese, que liderou um dos mais altos comandos da NATO na cidade holandesa de Brunssum até 2016, diz que "chegamos a um ponto de viragem".
O próximo alvo russo? A ligação terrestre entre a cidade russa Kaliningrado e a Bielorrússia, chamada de Suwalki Gap (ou Corredor de Suwalki), é crucial para os países bálticos.
Este corredor liga a Polónia à Lituânia e, se ocupado por forças russas, cortaria os Países Bálticos do resto da NATO.
"Putin pode rapidamente tomar o Suwalki Gap", disse Domroese acrescentando que isso não acontecerá nem hoje nem amanhã, "mas pode acontecer em alguns anos".
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) colocou por isso esta região sob vigilância.
Refira-se que Putin afirmou que as preocupações do Kremlin com a expansão da NATO foram descartadas pelo Ocidente ao longo de três décadas. O líder russo considera também que a Rússia pós-soviética foi humilhada após a queda da União Soviética em 1991.
Para Putin, a NATO é um instrumento dos Estados Unidos para atacar a Rússia.
"O principal objetivo dos Estados Unidos é conter a Rússia, e a Ucrânia é o seu instrumento para nos arrastar para um conflito armado e nos atingir com as mais duras sanções", dizia o líder russo no início de fevereiro.
Este é o 26.º dia de invasão russa à Ucrânia. Mais de 1400 pessoas ficaram feridas e 925 civis foram mortos desde o início da guerra, na madrugada de 24 de fevereiro.
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