Canal russo acusa jornalista que protestou de ser espia do Reino Unido

O diretor-geral do Channel One, no qual Marina Ovsyannikova trabalhava, disse ainda que a mulher de 44 anos era uma "traidora" e que era preciso "chamar as coisas pelos nomes".

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© AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/03/2022 17:51 ‧ 21/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Marina Ovsyannikova

O diretor-geral do Channel One acusou, esta segunda-feira, a jornalista que protestou contra a guerra durante uma emissão do canal estatal russo de ser uma espia do Reino Unido.

Kirill Kleymenov terá afirmado que Marina Ovsyannikova estaria a trabalhar para os serviços de inteligência britânicos e acusou-a de "ter traído o seu país".

"Traição é sempre uma escolha pessoal... Mas nós temos que chamar as coisas pelos nomes. Se tivessem chamado a traição de Judas um ato de paixão, a história teria sido diferente", terá dito o responsável pelo canal estatal russo, no qual a jornalista de 44 anos trabalhava.

No entanto, Marina Ovsiannikova ainda enfrenta processos criminais puníveis com pesadas penas de prisão, sob os termos de uma lei recente que reprime qualquer "informação falsa" sobre o Exército russo.

Recorde-se que, para além de a jornalista ter entrado durante a emissão a segurar um cartaz que denunciava a guerra na Ucrânia, também se ouvia o seu apelo: "Acabem com a guerra", dizia. Marina Ovsyannikova foi acusada de organizar uma manifestação sem autorização e, por isso, multada em 30.000 rublos russo, que correspondem a cerca de 252 euros.

Leia Também: Jornalista russa antiguerra apela a denúncia da ofensiva na Ucrânia

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