Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,58%, para os 34.552,99 pontos, ao passo que o alargado S&P500 retrocedeu 0,04%, para as 4.461,18 unidades, e o tecnológico Nasdaq perdeu 0,40%, para as 13.838,46.
"O mercado de trabalho está muito forte e a inflação demasiado alta", disse Powell, durante um discurso na Associação Nacional de Economia de Empresas, que marcou o destino da sessão.
O presidente da Fed disse também que "vão ser dados todos os passos que sejam necessários para garantir o regresso da estabilidade de preços".
Na ocasião, afirmou ainda que "se se concluir que é apropriado atuar de maneira mais agressiva, elevando a taxa básica dos fundos federais, em mais de 25 pontos base [0,25 pontos percentuais] em uma reunião ou reuniões, fá-lo-emos".
Estas declarações foram feitas menos de uma semana depois de o banco central norte-americano ter aumentado a sua taxa de referência precisamente naquela dimensão.
"As ações baixaram depois dos comentários de Powell, que pareceram mais belicistas que os feitos depois da reunião sobre política monetária da Fed na semana passada", quando esta subiu a sua taxa de referência pela primeira vez desde 2018, consideraram os analistas da Schwab.
"Os investidores estão a considerar a transparência de Powell como mais um passo para dizer: 'Estamo-nos a preparar para p pior'", entendeu o dirigente dos investimentos no Boston Private Shannon Saccocia, citado pelo diário The Wall Street Journal.
O dia também foi marcado pelo recuo da Boeing, em 3,59%, subsequente à notícia da queda de um dos seus aparelhos do modelo 737-800 no sul da China, que provocou a morte a 132 pessoas.
O presidente chinês, Xi Jinping, declarou-se "em choque", informou a estação pública CCTV, na que foi uma rara reação a quente.
Este acidente aconteceu quando o construtor norte-americano se preparava para retomar as vendas do seu aparelho 737 MAX, um avião diferente, que tem estado sem voar desde há algum tempo depois de duas catástrofes.
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