"É vital que os Governos garantam que as luzes permaneçam acesas, mas isso não significa que podemos interromper os nossos esforços para combater as mudanças climáticas", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, na abertura de uma reunião ministerial da agência, em Paris, citado pela France-Presse.
"Estou muito preocupado que a causa climática possa ser outra vítima da agressão russa", realçou o responsável, salientando que os números "não são animadores".
As emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor energético voltaram a subir no ano passado, atingindo o seu nível mais alto de sempre, devido à recuperação económica global e ao aumento do uso de carvão, segundo dados divulgados no início de março.
Desde a invasão russa da Ucrânia, os países ocidentais também estão preocupados com a segurança do seu abastecimento de energia, correndo o risco de colocar os objetivos climáticos em segundo plano, uma vez que alguns estão a ponderar voltar ou reforçar a produção a carvão, por exemplo.
"Esta não é uma escolha binária, devemos aumentar o fornecimento seguro agora e acelerar os nossos esforços de energia limpa", disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.
A AIE foi fundada em 1974, após a crise do petróleo, com o objetivo de garantir a segurança energética dos países desenvolvidos e, desde então, ampliou a sua missão insistindo na transição energética.
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