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Ucrânia: Clima não deve ser "nova vítima da agressão russa"

A Agência Internacional de Energia (AIE) pediu hoje que se concilie a segurança do abastecimento e a transição energética, para que os objetivos climáticos não se tornem "uma nova vítima da agressão russa" na Ucrânia.

Ucrânia: Clima não deve ser "nova vítima da agressão russa"
Notícias ao Minuto

15:46 - 23/03/22 por Lusa

Mundo AIE

"É vital que os Governos garantam que as luzes permaneçam acesas, mas isso não significa que podemos interromper os nossos esforços para combater as mudanças climáticas", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, na abertura de uma reunião ministerial da agência, em Paris, citado pela France-Presse.

"Estou muito preocupado que a causa climática possa ser outra vítima da agressão russa", realçou o responsável, salientando que os números "não são animadores".

As emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor energético voltaram a subir no ano passado, atingindo o seu nível mais alto de sempre, devido à recuperação económica global e ao aumento do uso de carvão, segundo dados divulgados no início de março.

Desde a invasão russa da Ucrânia, os países ocidentais também estão preocupados com a segurança do seu abastecimento de energia, correndo o risco de colocar os objetivos climáticos em segundo plano, uma vez que alguns estão a ponderar voltar ou reforçar a produção a carvão, por exemplo.

"Esta não é uma escolha binária, devemos aumentar o fornecimento seguro agora e acelerar os nossos esforços de energia limpa", disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.

A AIE foi fundada em 1974, após a crise do petróleo, com o objetivo de garantir a segurança energética dos países desenvolvidos e, desde então, ampliou a sua missão insistindo na transição energética.

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