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EUA determinam que exército russo cometeu crimes de guerra

O Governo dos Estados Unidos determinou hoje que "membros das forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia", prometendo responsabilizar os autores, nomeadamente através de "indiciamentos criminais", segundo o secretário de Estado Antony Blinken.

EUA determinam que exército russo cometeu crimes de guerra
Notícias ao Minuto

19:15 - 23/03/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Os Estados Unidos baseiam-se "num exame minucioso das informações disponíveis provenientes de fontes públicas e dos serviços de informações", indicou Blinken através de um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

Os tribunais deverão determinar as responsabilidades jurídicas, adiantou a mesma fonte.

O texto refere-se à destruição de edifícios, escolas, hospitais, infraestruturas, veículos, centros comerciais e ambulâncias, "que provocaram a morte ou ferimentos em milhares de civis inocentes".

"Hoje, posso anunciar que, com base em informações disponíveis, o Governo dos Estados Unidos considera que membros das forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia", indica no comunicado o chefe da diplomacia de Washington.

"O Governo dos EUA vai continuar a analisar os relatórios de crimes de guerra e partilhará a informação com os aliados, parceiros e instituições internacionais, de forma apropriada. Estamos empenhados em perseguir os responsáveis, utilizando todos os meios disponíveis, incluindo os indiciamentos criminais", prossegue o texto de Blinken.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: NATO diz que já foram mortos 7.000 a 15.000 soldados russos na Ucrânia

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